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Presidente Rogério Portugal Bacellar garante que manterá os profissionais essenciais para o dia a dia do Coritiba | Henry Milléo / Gazeta do Povo
Presidente Rogério Portugal Bacellar garante que manterá os profissionais essenciais para o dia a dia do Coritiba| Foto: Henry Milléo / Gazeta do Povo

Promessa de campanha da chapa Coxa Maior, o enxugamento das despesas administrativas do Coritiba já começou. Em duas semanas à frente do clube, a nova diretoria afirma ter cortado R$ 150 mil mensais do orçamento apenas reduzindo o número de diretorias e de cargos de confiança. Se antes a folha girava em torno de R$ 400 mil, hoje está em aproximadamente R$ 250 mil por mês, cerca de 37,5%.

"É bastante coisa e, além do mais, estamos mantendo os profissionais essenciais. Queremos enxugar o clube, mas não fazer uma caça às bruxas. Funcionários que trabalham direitinho estamos mantendo", explica o presidente Rogério Portugal Bacellar, que resolveu dar o exemplo e cortar suas despesas de viagem.

Até o clube entrar em uma situação financeira estável, as passagens aéreas dos membros do G5 não saem mais dos cofres alviverdes.

"Ninguém aqui está pensando em obter vantagem do clube, pelo contrário. Estamos por amor ao Coritiba. E isso implica em se sacrificar um pouco também", comenta o dirigente, que já fez viagens ao Rio de Janeiro e a Brasília nesse período.

O desafio da cúpula coxa-branca, no entanto, é diminuir os gastos e mesmo assim conseguir montar um time competitivo. Para 2015, especialmente, o cenário se mostra ainda mais difícil por causa do adiantamento de receitas feito pelo clube.

Dos cerca de R$ 32 milhões anuais que tem direito pela venda dos direitos de transmissão, por exemplo, apenas R$ 4 milhões não foram comprometidos, diz o quarto vice-presidente Ricardo Guerra.

"Isso é um impacto enorme. Também foram adiantadas receitas da televisão do Campeonato Paranaense e o prêmio da primeira fase da Copa do Brasil. É um grande porcentual do nosso orçamento total", afirma.

"Estamos fazendo um choque de gestão muito pesado. Reduzindo todos os custos. Mas o saneamento financeiro não pode comprometer o campo. Trabalhamos para ter um time competitivo", completa Guerra, que estima a dívida total do Coritiba em R$ 215 milhões.

O valor arrecadado com a venda do meia Robinho para o Palmeiras, por exemplo, tem destino certo. São cerca de R$ 2,5 milhões destinado ao futebol, mas que também ajudará a quitar débitos com o elenco e empresários. Ainda existem salários atrasados.

"Tem valores em atraso com o próprio Robinho. Vamos usar esse recurso para saldarmos algumas dívidas, na folha de pagamento deste mês. E também para trazer um atleta no nível dele ou melhor", fecha Guerra.

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