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Barroca promete Coritiba com dominância na posse de bola, mesmo contra adversários mais poderosos do Brasileirão
Barroca promete Coritiba com dominância na posse de bola, mesmo contra adversários mais poderosos do Brasileirão| Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Gazeta do Povo

A vitória do Coritiba sobre o Cianorte esconde vários defeitos, principalmente ofensivos, especialmente no primeiro tempo. Com dois gols com origem de bola parada, o Coxa, apesar da posse de bola, não mostrou grande repertório. O time foi dominante, procurou ser agressivo sem a bola, mas não conseguiu transformar isso em chances claras de gol.

TABELA: Confira a classificação do Paranaense 2020

Posse de bola

A fase de construção passa pelos zagueiros. Rhodolfo não é um construtor, que consegue encaixar um passe nas entrelinhas com facilidade, mas, no time de Barroca, efetua esse papel. Rafael Lima já consegue realizar esse passe dentro da ideia do treinador, assim como Sabino, fato reforçado por Barroca na coletiva após o jogo. E foi pelo lado direito de Rafael Lima que o Coxa teve maior volume. Muito também por este lado ter Rafinha, que qualifica o setor.

O problema é que o volume não resultou em finalizações contra o Cianorte. A posse foi, na maior parte do tempo, infrutífera. Tanto que os gols saíram após o tradicional artifício das bolas paradas.

O Alviverde tem como ideia ocupar a chamada zona das entrelinhas, aquelas entre os diferentes setores, com vários jogadores. Só que os meias, Thiago Lopes e Galdezani, não foram acionados, assim como o atacante Sassá. Para desenvolver o seu jogo, é necessário encontrar mais passes e uma maior mobilidade em busca dos espaços entre as linhas do adversário.

Melhora de rendimento

No segundo tempo, com o placar por 2 a 0 já construído e com o jogo ganhando outra dinâmica, o Coritiba conseguiu criar mais chances, muito pelos espaços que o Leão deixou ao se lançar ao ataque. Uma melhora significativa, mas também esperada, pelo contexto da partida.

A subida de rendimento deve ser elogiada, mas que não serve, de modo algum, de parâmetro para o que a equipe encontrará em seus principais desafios na temporada, principalmente no Brasileirão.

Barroca promete um time buscando sempre a posse de bola mesmo contra os adversários mais poderosos da elite nacional. Mas a verdade é que o Coxa, até o momento, não demonstrou evolução, assim como talento individual, especialmente no meio de campo e ataque, capazes de confirmar as ideias do jovem técnico na prática.

Sem bola

Por outro lado, a marcação agressiva proposta por Barroca foi perfeita. Sem a bola, o Alviverde procurou realizar encaixes, pressionou a saída de bola do Cianorte e conseguiu recuperar boas bolas em seu campo de ataque e, consequentemente, causar perigo - quanto mais perto do gol adversário acontece a roubada de bola, mais efetiva ela se torna também em termos ofensivos.

Até por isso, os comandados de Eduardo Barroca pouco sofreram defensivamente. Um bom controle, tendo em vista também a qualidade do adversário, em nada comparada àquela que aguarda o Coxa na Série A.

Fato é que, após o instável início de ano, com direito a eliminação para o Manaus na Copa do Brasil, o Coritiba precisa ter os pés no chão e a clara visão de que nem mesmo um título estadual pode iludir diretoria e comissão técnica das extremas dificuldades que aguardam a equipe na Série A.

Ficha técnica

CAMPEONATO PARANAENSE
1ª FASE – 8ª RODADA
21/02/2020
CORITIBA 2x0 CIANORTE

Coritiba

Muralha; Patrick Vieira (Yan Couto), Rhodolfo, Rafael Lima e William Matheus; Matheus Sales, Matheus Gadezani (Matheus Bueno) e Thiago Lopes (Giovanni Augusto); Rafinha, Robson e Sassá.
Técnico: Eduardo Barroca

Cianorte

Bruno; Weriton, Maurício Barbosa, Eduardo Domachowsvick e Júnior Prego; Gercimar, Morelli, Zé Vitor (Fernandinho) e França (Éverton); Buba (Lucão) e Rodrigo Alves.
Técnico: João Burse

Local: Couto Pereira
Árbitro: Leonardo Sígari Zanon
Assistentes: André Luiz Severo e Jonathan Evers Dias
Gols: Rafinha (CFC), aos 33/1º e Robson (CFC) aos 44 do 1º.
Cartões amarelos: William Matheus, Rafinha, Robson (CFC); Buba, Bruno, Eduardo Domachowsvick (CIA)
Público pagante: 6.213
Público total: 6.683
Renda bruta: R$ 134.779,00

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