Coxa prepara cerco no meio para deter o time do momento e encostar no G4

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Evitar que os volantes Magrão e Guiñazu – se este puder jogar depois de ter saído de campo contundido ontem, pela Sul-Americana – atuem com tranqüilidade, para que a bola não chegue facilmente em Alex e D’Alessandro, conseqüentemente, anulando as ações do centroavante Nilmar...

Na teoria, parece fácil. Só que será na prática que o Coritiba tentará parar o Internacional, dono de 100% de aproveitamento nos últimos quatro jogos e tido como time a ser batido no momento.

No Alto da Glória, ninguém conta muitos detalhes da estratégia que será adotada para surpreender o estrelado adversário. Por ora, o rival segue sendo tratado como qualquer outro – será observado em vídeos que terão os pontos fortes e fracos editados pelo auxiliar-técnico Ivan Izzo.

Contudo, entre os elogios para os colorados que vêm neste Brasileiro de goleada por 4 a 1 sobre o ex-líder Grêmio, está uma ponta de ansiedade pelo caráter decisivo do duelo e obrigatoriedade da vitória.

"Tecnicamente é o melhor elenco do campeonato. Será complicado, mas temos de vencer", opina o volante Alê. "É uma equipe muito compacta e que ganhou padrão durante a competição", reforça o técnico Dorival Júnior.

O jogo, que ocorre às 18h20 de sábado, no Couto Pereira, pode ser o último respiro coxa na luta pela Libertadores. Se ganhar, o Alviverde segue na batalha e, no mínimo, ultrapassa o próprio Colorado (atualmente, o time gaúcho é o oitavo, com 42 pontos, enquanto o Verdão é o nono, com 41).

Entretanto, se perder ou até mesmo empatar, o sonho estará bem mais distante. A distância para o G4 (no momento de cinco pontos) só não aumenta se São Paulo e Flamengo não pontuarem diante de Ipatinga e Náutico, respectivamente.

"Teremos de ter cuidado com volantes e meias deles, que saem bastante. No jogo lá em Porto Alegre, foi assim que ganharam da gente", alerta o artilheiro Keirrison, referindo-se à partida do primeiro turno (3 a 0 para o Inter, no dia 6 de julho). "Temos de jogar também. Fazer eles correrem atrás da gente", pede o atacante.

Aquele jogo no Beira-Rio marcou, inclusive, a volta do K9 ao time. Na época, ele ficou sete rodadas ausente por causa de uma lesão muscular na coxa esquerda. Um dia de lamentável lembrança para os coxas-brancas. O revés no Rio Grande do Sul é tido como o pior jogo do time no Nacional.

"Tirando aquele jogo, sempre fizemos partidas bem aceitáveis. Foi depois daquilo que passamos a viver um bom momento que espero ver a equipe reencontrando", pondera Dorival.

Bem na semana que antecedeu o primeiro encontro entre o Coritiba e o Inter, o ex-capitão Jéci deixou o Alviverde e foi para o Palmeiras. A defesa titular estava esfacelada, sem contar também com os contundidos Maurício e Nenê. "Era um momento bem diferente de agora", lembra Keirrison.

Realidades distintas, que o Coritiba espera consolidar para, contrariando o que ocorreu na primeira metade do Brasileiro, vencer o Colorado e arrancar para entrar no G4.