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Por ser uma comédia de Lars von Trier, o humor é negro e mais refinado | Divulgação/IFC Films
Por ser uma comédia de Lars von Trier, o humor é negro e mais refinado| Foto: Divulgação/IFC Films

Apresentação - Ajustes na véspera evitaram gafes

Rio – Um dia antes da apresentação oficial, na sexta-feira, a performance paranaense sofreu mudanças importantes. Reunidos com um membro da Fifa, responsável pelos "ajustes finais" de todos as cidades candidatas, os representantes do estado puderam enxugar a performance e deixá-la ao gosto dos inspetores.

Dicas preciosas, como fazer referência sempre ao "legado" e não à "herança" que a Fifa deixará após a realização do maior evento esportivo do planeta. Além disso, trata-se da "Fifa World Cup" e não somente "World Cup". Também foram suprimidas algumas informações e slides da apresentação em power-point.

Durante a execução, tudo correu bem, exceto pelo tempo ter estourado em poucos minutos. O secretário estadual de Turismo Celso Caron abriu a palestra. Falaram ainda a engenheira civil do Ippuc Susana Andrade e os diretores do Atlético Mauro Holzmann e Antônio Carlos Gomes. (AP)

Uma performance técnica e o "fator surpresa" podem ter colocado o Paraná em vantagem na disputa para ser sede da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Ao final da apresentação de ontem pela manhã, a candidatura de Curitiba e da Arena chamou a atenção dos inspetores da Fifa, em virtude da boa estrutura da capital e, principalmente, do estádio atleticano.

Escondida sob um grande tampão branco, a maquete da casa Rubro-Negra concluída foi o principal trunfo, ao ser revelada aos representantes da entidade máxima do futebol somente no meio da apresentação. Surpresa que fez Hugo Salcedo, Jaime Byrom, Jorge Batista, Walter Gagg e Jaime Yarza deixarem suas acomodações e em pé examinarem o projeto em sua versão reduzida.

"Belísismo", revelou Salcedo, chefe da comitiva. "Kyocera Arena? Espero reencontrá-la na Copa do Mundo", declarou Gagg, responsável pela segurança e estádios, ao ser questionado sobre a Baixada. No dia primeiro de setembro, os inspetores se manifestarão em entrevista coletiva.

"Quando viram a maquete, eles ficaram boquiabertos, até foto tiraram. Dos cinco, três só fizeram elogios", disse Mário Celso Cunha. Além do vereador do PSDB, estiveram presentes membros do governo estadual, da prefeitura e do clube.

Impressão confirmada por um funcionário do evento, que esteve presente até então em todas as apresentações. Segundo ele, que não quis se identificar, Curitiba foi até a manhã de sábado a melhor recebida.

Um passo importante diante da dificuldade de chamar atenção em apenas uma hora – 30 minutos de explanação e mais 30 para esclarecimentos –, dentro de uma sala fechada no subsolo de um hotel luxuoso na Barra da Tijuca. Como recursos, pouco mais que apresentações de slides e vídeos.

Isso porque Curitiba ficou no chamado "segundo grupo" com outras 12 cidades. São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre foram indicadas pela CBF para serem visitadas pelos cartolas e estão praticamente certas.

Dessa forma, sobram cinco ou, ao que tudo indica nos bastidores, sete vagas. E na primeira "briga de foice" que começou quinta-feira e termina hoje, diversas estratégias de sedução foram utilizadas. Por sorte, o Paraná deixou de lado as balas de banana e a cachaça de Morretes, como chegou a ser cogitado.

O que não aconteceu em outros planos. Circularam pelos corredores índios, violeiros, dançarinos, vaqueiros e, claro, muitos políticos no embalo do esporte mais popular do país e dos mega-investimentos prometidos.

Foram servidas ainda as mais diversas iguarias típicas, o que deve ter transformado o dia dos inspetores em uma exótica maratona.

Sem contar o almoço, ao meio-dia, que reuniu os cartolas com paranaenses e representantes de Florianópolis e Campo Grande. Coube ao secretário estadual de Turismo do Paraná, Celso Caron, sentar à mesa principal. Sobre a avaliação geral, Caron sentenciou. "Creio que eles gostaram muito. Fomos objetivos e, mesmo assim, abrangentes", apontou.

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