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A Copa do Mundo de 2014 em Curitiba deve custar mais de R$ 1 bilhão. Documentos obtidos pela Gazeta do Povo mostram que só em obras de infraestrutura serão despendidos R$ 982,1 milhões – valor que ainda pode sofrer aditivo. Se somado ao orçamento para a conclusão da Arena, hoje em R$ 184,6 milhões, o montante passará de R$ 1 bilhão.

Este valor é quase o dobro do previsto em 2010 quando governo e prefeitura assinaram junto ao Governo Federal a Matriz de Responsabilidade – documento que lista todas as medidas necessárias para a preparação para o Mundial. A estimativa era de R$ 581 milhões, sendo R$ 135 milhões da Arena e R$ 446 milhões em infraestrutura. Só as obras do governo do estado saltaram de R$ 229,5 milhões para R$ 659,2 milhões.

Na terça-feira, o secretário nacional de transporte e da mobilidade urbana do Ministério das Cidades, Júlio dos Santos, estará em Curitiba para reuniões sobre as obras na cidade.

O diretor presidente da Coordenação da Região Me­­tropolitana de Curitiba (Comec), Gil Polidoro, admitiu que nenhuma das obrasdo estado foi iniciada. A culpa, segundo ele, é do governo passado, que teria subvalorizado os custos. "Em 2010, quando se assinou a Matriz de Responsabilidade e os contratos de empréstimos, o governo apresentou propostas muito menores", afirmou.

O ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) negou a subvalorização e disse que os valores foram definidos com a Comec e com a prefeitura, na gestão de Beto Richa (PSDB).

Segundo Polidoro, o atual governo procurou o Ministério das Cidades e a Caixa para corrigir as distorções. Na prática, caberá ao governo do Paraná, por força de contrato, arcar com o aumento da contrapartida em função do reajuste de mais de R$ 500 milhões. Ainda de acordo com ele, com exceção do Corredor Metropolitano, o governo terá condição de iniciar todas as obras estaduais após a eleição – período em que, por lei, estados e municípios não podem receber recursos da União, salvo para obras já iniciadas.

Os secretários estadual e municipal da Copa, Mário Celso Cunha e Luiz de Carvalho, respectivamente, confirmaram o recebimento do relatório. "A análise e qualquer comentário de obras na cidade são de competência do Ipucc", afirmou Carvalho.

O presidente do Ipucc, Cléver Ubiratan de Almeida, admitiu o atraso em todas as obras do município e o acréscimo nos custos. "Tentamos até ‘os 45 do segundo tempo’ a inclusão do metrô de Curitiba no PAC da Copa. Quando não entrou, houve a mudança de planos, incluímos essas obras e em algumas tínhamos apenas estudos e estimativas de custos e quando fizemos a engenharia, várias tiveram os valores alterados", explicou.

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