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Aos 24 anos, Daiane dos Santos quebrou muitas barreiras na ginástica. Foi a primeira negra a ser campeã mundial no solo, a primeira brasileira a ter um movimento batizado com o seu nome, "Dos Santos". Agora, a atleta se prepara para mais um desafio. Ajudar crianças com Síndrome de Down.

Neste Dia Internacional da Mulher, Daiane dos Santos mostra não ser apenas uma campeã da ginástica. Mas também ser uma cidadã preocupada com os problemas sociais do país.

- Todo mundo me pergunta se tenho algum caso de Síndrome de Down na família. Parece que no Brasil é assim. As pessoas só acordam se acontece com alguém próximo. Mas não é isso. Sempre tive vontade de trabalhar com crianças especiais - diz Daiane, que espera mais atitude das autoridades brasileiras para o caso.

- A novela (Páginas da Vida) tocou neste tema e foi muito importante. O Romário também está sendo muito importante para deixar o assunto na mídia (a sexta filha do atacante, Ivy, nasceu com Síndrome de Down). Mas espero que isso não seja moda. O brasileiro tem a mania de tapar os olhar para não enxergar. Espero que as pessoas tenham consciência. Que o Governo tome atitudes.

Daiane dos Santos espera dar aulas de ginástica para crianças com Síndrome de Down em breve.

- Este ano eu ia montar um projeto social com uma professora minha da faculdade, mas com os treinos fortes na seleção ficou complicado. Teria que me dedicar muito e agora não tenho esse tempo. No ano passado, descobri em São Paulo um trabalho muito legal para crianças especiais. Fui ver como é e fiquei muito feliz. Elas praticam ginástica. Não aprendem tão rápido, mas conseguem praticar o esporte.

A atleta lembra que o Brasil tem um ótimo rendimento nas Paraolimpíadas, algo desconhecido por grande parte da sociedade. Em Atenas-2004, o país ganhou 33 medalhas, sendo 14 de ouro. Já na Olimpíada foram dez medalhas, sendo cinco de ouro.

- Olha quantos campeões nós temos nas Paraolimpíadas. E as pessoas não conhecem a maioria deles. O Governo precisa investir. Basta querer.

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