Insatisfeito com o público no Estádio do Café, o gestor de futebol do Londrina, Sérgio Malucelli, ameaçou levar as partidas do LEC para outras cidades caso a torcida não compareça em maior número nos dois próximos jogos, na quarta-feira (11) diante do Operário, e no dia 1º de março, contra o Cascavel.
Malucelli afirmou nesta terça-feira (10) que já tem contatos com outros municípios para receber os jogos do Londrina. No entanto, a definição só deve acontecer após o Carnaval.
Em duas partidas como mandante neste Paranaense, o atual campeão estadual atraiu 6.035 torcedores, 869 a menos do que nas duas primeiras rodadas do Paranaense 2014. Foram 3.194 na estreia com o Foz do Iguaçu e 2.841 diante do Nacional de Rolândia.
Outra decepção de público foi o amistoso realizado mês passado com o Cruzeiro. Pouco mais de 3,1 mil assistiram ao duelo entre o Tubarão e o atual bicampeão brasileiro, número bem abaixo do estimado pela diretoria do LEC, que esperava pelo menos 10 mil pessoas.
Para o jogo desta quarta contra o Operário, a tendência é de um público ainda menor do quem nas rodadas iniciais. Segundo Malucelli, pouco mais de 300 ingressos haviam sido vendidos de forma antecipada. "É vergonhoso", declarou.
Os convites antecipados custam R$ 40 na arquibancada e R$ 60 no setor coberto. Nesta quarta, o valor sobe para R$ 60 E R$ 90 respectivamente. "Se o público quer qualidade, tem que pagar pela qualidade", alegou Malucelli, salientando que os ingressos em Curitiba custam mais de R$ 100.
A possibilidade do Londrina jogar suas partidas fora de casa preocupa os sócios-torcedores. Desde o mês passado, quando foi lançado, o programa teve uma adesão de 2,2 mil pessoas. A meta do LEC é chegar a 3 mil adesões até o fim do Campeonato Estadual.
Cobrança dos jogadores
A ausência do torcedor vem gerando reclamações até mesmo entre os jogadores. É o caso do capitão Dirceu e do meia Celsinho. Antes do jogo com o Nacional, o camisa 10 do LEC se queixou: "Se somos cobrados pelos torcedores, podemos cobrar da mesma maneira. Já colocamos mais de 10 mil aqui no Estádio do Café. Pediram time, calendário de jogos, estrutura e conseguimos trazer tudo isso. Creio que no decorrer dos campeonatos a presença melhore bem", cutucou Celsinho de forma diplomática.
No ano passado, o Tubarão só atraiu mais de dez mil pagantes em quatro ocasiões. Pelo Paranaense, levou 13,8 mil na semifinal contra o Atlético e 26,8 mil na decisão com o Maringá. Na terceira fase da Copa do Brasil, reuniu 14,3 mil torcedores na partida contra o Santos. Já pela Série D do Brasileirão, atraiu 10,2 mil no jogo contra o Anapolina, que definiu o acesso para a Série C.
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