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Sydney, Austrália – Ian Thorpe fez questão de guardar o exato momento do fim. Seu relógio marcava 14h53 na tarde do último domingo, 19 de novembro. Na casa onde vive, o atleta olímpico mais premiado da Austrália, um dos nadadores mais laureados da história, decidiu que não disputaria mais competições oficiais. Não sentia dores no corpo, não estava doente nem fora de forma. Só que, aos 24 anos, não encontrava mais motivação para perpetuar sua trajetória nas piscinas.

Ontem, em Sydney, ele convocou a imprensa para colocar fim a meses de especulação sobre seu futuro. "Não tenho mais o objetivo de quebrar recordes mundiais. Sei fazer isso, mas não estou mais inspirado", fala o mais jovem campeão do mundo, com 15 anos, em 1988.

Sem disputar um torneio desde a Olimpíada de Atenas, em 2004, Thorpe conta que passou a fazer uma balanço de sua vida nos últimos anos. Levou em conta os resultados que o transformaram em lenda – 22 recordes mundiais e cinco ouros em duas edições dos Jogos – e também a vida pessoal. "Percebi que não tinha feito muitas coisas que gostaria. Então, é hora de deixar a natação de lado. Pode não ser o melhor momento para parar. Mas é o meu momento", sentencia.

Em Olimpíadas, o "Thorpedo" acumulou cinco ouros, três pratas e um bronze. É o maior atleta olímpico da Austrália. Em mundiais, ganhou treze medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Financeiramente, vive como quer: ganha US$ 2,6 milhões por ano só em contratos de patrocínio. ""Competindo, eu não tinha tempo de pensar no que eu conquistava na água. Agora, eu tenho. E estou mais orgulhoso do que nunca pelo que fiz."

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