Dia de alforria para “importados”

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Os funcionários do departamento de registros da CBF estão preparados para um movimento acima do normal hoje, primeiro dia da janela para registro de jogadores que estavam no exterior. Entre os clubes brasileiros, quem mais sofreu com a nova regra foi o Atlético. Depois de semanas treinando no CT do Caju, o zagueiro César (ex-Tenerife-ESP), o goleiro Montoya (ex-Gimnasia La Plata-ARG) e o lateral-esquerdo Michel (ex-Standard Liege-BEL) – além do meia William, que retornou de um empréstimo ao Tenerife-ESP – esperam com ansiedade a liberação para a partida de sábado, contra o Corinthians.

Apenas César deve ser titular. O experiente zagueiro está sendo testado pelo técnico Oswaldo Alvarez nos treinos da semana e, se corresponder, ganhará a vaga do jovem João Leonardo.

Se estivesse antes à disposição, evitaria que o ex-técnico Givanildo Oliveira – com Paulo André vendido e Alex machucado – fosse obrigado a trocar o esquema 3–5–2 pelo 4–4–2 em suas últimas partidas. Logo na estréia, Vadão foi obrigado a colocar o volante Marcelo Silva na posição. "E depois, quando o Marcelo se machucou, também tivemos de improvisar o (volante) André Rocha", lembrou o treinador.

Michel passa a disputar a posição com Ivan. O atual titular parece ter conquistado a confiança de Vadão, mas antes da chegada do novo técnico vivia um mau momento e revezou a camisa 6 com Moreno durante várias rodadas, sem que nenhum convencesse a torcida.

Das três contratações, a mais estranha foi a do goleiro colombiano naturalizado argentino Navarro Montoya, de 40 anos, mesmo com o titular Cléber sendo o principal destaque do time na temporada.

Homem de confiança de Givanildo, o goleiro confessou ter ficado com o pé atrás depois da mudança no comando técnico. Mas Vadão, que estreou com vitória graças às excelentes defesas dele contra o Flamengo, já confirmou que nada vai mudar por enquanto.

"O Cléber foi muito bem e continua. Vou conversar com o Montoya, dar uma satisfação a ele. É uma grande pessoa", disse o treinador. Sequer passa pela cabeça dele a possibilidade de rodízio, implantada no início do ano pelo alemão Lothar Matthäus. "Posso até fazer isso no banco, mas o goleiro titular precisa de ritmo", explicou.

O setor de armação também ganhou mais uma opção com o retorno de William, acostumado a ser emprestado para outros clubes e depois retornar, mas que nunca emplacou com a camisa rubro-negra. No atual esquema, o único meia criativo é o colombiano Ferreira, com Evandro e Fabrício na suplência.