Diretoria coloca o elenco paranista contra a parede

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Antes do treino físico da tarde de ontem, o goleiro Ney e o volante Agenor brincavam com seus filhos no gramado da Vila Capanema, em uma cena de tranquilidade totalmente oposta à situação do Paraná no Campeonato Paranaense. Na 12ª colocação, o Tricolor enfrenta amanhã, em casa, o Cianorte, em um cenário complicadíssimo.

Motivo é o que não falta: o time entrará em campo na zona de rebaixamento, sob o olhar de uma torcida impaciente, e o adversário é um dos dois invictos do Estadual. Não bastasse isso, só a vitória mantém o técnico Paulo Comelli no comando do Paraná. "Toda a infraestrutura foi dada. O Comelli tem toda a nossa confiança, mas não podemos deixar de pensar no resultado", diz o vice-presidente Márcio Villela sobre o ultimato dado ao treinador.

Antes do treino, o dirigente reuniu-se com os jogadores para exigir "mais pegada" em campo. Villela disse aos atletas que não é possível que o Paraná, que tem jogadores com um passado de vitórias, esteja atrás de um clube que tem jogadores emprestados pelo Tricolor – referência ao Iguaçu, oitavo colocado.

Para acabar com a pressão no Durival Britto, os jogadores paranistas têm suas estratégias. "É fazer os três pontos para a poeira baixar. A gente tem de esquecer esse sete jogos (em que o time acumulou duas vitórias – apenas uma em casa –, um empate e quatro derrotas)", resume o goleiro Ney, um dos 16 contratados sob a indicação de Comelli.

O meia Gedeonpor sua vez, afirma que o time precisa mudar a mentalidade durante os jogos. "Não estamos jogando nada. Falta experiência, maturidade", diz ele, que substitui Lenílson. O camisa 10 deve ficar fora pelo menos três semanas, recuperando-se de uma lesão muscular na coxa direita.

A desconfiança do torcedor não é à toa. O rendimento do atual plantel é ainda pior do que o que disputou as oito primeiras rodadas do Paranaense 2008: 33, 33% é o aproveitamento do time de Comelli, contra 37,5% da equipe comandada por Saulo de Freitas, dispensado antes da nona partida.

A má fase já resultou nas em baixas no Tricolor. O goleiro Felipe, emprestado pelo Santos, retorna à Vila Belmiro, a pedido do gerente de futebol do Peixe, Ocimar Bolicenho. Em seu lugar, Luiz Carlos, emprestado ao Iguaçu, retorna à Vila Capanema.

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