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Dunga (dir.) e o coordenador  Gilmar, que era agente de futebol | Antonio Lacerda/ EFE
Dunga (dir.) e o coordenador Gilmar, que era agente de futebol| Foto: Antonio Lacerda/ EFE

De volta ao comando da seleção brasileira depois de quatro anos, o técnico Dunga já trabalhou no passado como empresário de jogador. Reportagem publicada ontem pela ESPN, com base em documentos públicos, mostra que o ex-volante participou de negociações envolvendo o meia Ederson, atualmente na Lazio (ITA).

O jogador não foi convocado por Dunga durante sua primeira passagem pela equipe nacional, de 2006 a 2010. Os negócios aconteceram antes do capitão do Tetra ser contratado pela CBF. No entanto, o ex-volante nega ter atuado como agente e "ter participação alguma na venda dos direitos sobre o vínculo do referido jogador".

Segundo a ESPN, foram duas transações envolvendo o nome do técnico da seleção. Em 2004, o RS Futebol Clube vendeu 75% dos direitos econômicos de Ederson ao fundo de investimento IPC (Image Promotion Company) por US$ 1,5 milhão. A comissão do intermediário da transferência, no valor de R$ 407,3 mil, foi paga à "Dunga Empreendimentos, Promoções e Marketing Ltda". Dois anos depois e menos de três meses antes de o ex-jogador assumir a seleção, o IPC comprou os 25% restantes dos direitos do jogador. O pagamento de US$ 575 mil ao clube gaúcho foi feito pelo próprio Dunga.

De acordo com a ESPN, o ex-volante negou à Justiça sociedade no IPC e justificou o depósito alegando que fez um empréstimo ao fundo. O endereço da IPC em Mônaco é o mesmo da WCC (World Champions Club), empresa de gerenciamento de carreiras no futebol que, segundo seu site oficial, tem como clientes Dunga e também Ederson, além do lateral Maicon, convocado pelo técnico para a Copa de 2010.

A companhia, que tem como dono o agente Fifa Antonio Caliendo, também atuante na IPC, gerenciou o futebol do clube inglês Queens Park Rangers entre 2004 e 2006. No período, Dunga fez parte de um conselho gestor do time, que então estava na segunda divisão nacional. No atual comando da seleção também está Gilmar Rinaldi, nomeado coordenador geral, e que até duas semanas atrás era empresário de jogadores.

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