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Paulo César Carpegiani comandou o Atlético pela última vez no empate de sábado com o Cruzeiro, em Sete Lagoas. Ontem confirmou a troca da Baixada pelo Morumbi | Carlos Roberto/Hoje em Dia
Paulo César Carpegiani comandou o Atlético pela última vez no empate de sábado com o Cruzeiro, em Sete Lagoas. Ontem confirmou a troca da Baixada pelo Morumbi| Foto: Carlos Roberto/Hoje em Dia

SÉRIE B

Paraná deve anunciar novo técnico hoje

Leonardo Bonassoli

Após a demissão de Marcelo Oliveira, confirmada no início da noite de sábado por consequência da derrota para a Portuguesa por 6 a 1, o Paraná deve anunciar o nome do novo treinador até o final da tarde de hoje. A diretoria do Tricolor trabalha com uma lista de quatro nomes.

Entre os cotados estão Roberto Cavalo, que treinou o time na reta final da Série B do ano passado, e Gilberto Pereira, técnico que levou o Iraty à terceira colocação no Campeonato Paranaense deste ano, inclusive à frente do Paraná.

Até a tarde de ontem, Roberto Cavalo afirmou que não havia sido procurado pela diretoria, mas mostrou vontade de voltar ao Tricolor. "Estou à disposição para treinar o Paraná caso seja chamado." disse Cavalo, atualmente sem emprego.

Outro nome da lista, Gilberto Pereira contou que não recebeu nenhum contato oficial até o início da noite. "De diretor mesmo, não recebi ligação. Só de empresário especulando. Estou pronto para grandes desafios sempre", afirmou.

O Paraná pretende que o novo técnico trabalhe a partir da apresentação oficial, prevista para amanhã. Enquanto isso, os jogadores serão orientados pelo auxiliar Ageu Gonçalves, que responde interinamente pelo cargo de treinador. Nenhum diretor paranista atendeu as ligações da reportagem durante o domingo.

O Paraná divide a 14ª posição com o Icasa, que tem os mesmos 32 pontos, nove vitórias, -3 gols de saldo e 34 gols marcados do Tricolor na Série B. Os dois times se enfrentam no próximo sábado, às 21 horas, na Vila Capanema.

Colaborou: André Pugliesi

A ótima fase do Atlético no Brasileiro sofreu um duro golpe no início da tarde de ontem. Seduzido por uma proposta do São Paulo, o técnico Paulo César Carpegiani deixou a Baixada. Ontem mesmo, no período da noite, a diretoria atleticana iria se reunir para tratar da substituição. Espera encontrar um novo comandante até a próxima quarta-feira, data do jogo com o Vasco, em Curitiba. Como de costume, bastou o anúncio da mudança para nomes de possíveis substitutos surgirem em profusão. No entanto, os contatos devem ser iniciados apenas hoje. "Não tem desespero. O time está bem. Temos alguns nomes, mas até contratar vai uma distância muito grande", afirmou Valmor Zimermann, diretor de futebol do Furacão. Por enquanto, o auxiliar-técnico Leandro Nie­­hues, que treinou o time no início do Brasileiro, voltará ao comando.

A lista de especulações é grande – e tem treinadores para todos os gostos. Aposta alta, como Vanderlei Luxemburgo; óbvia, como Antônio Lopes; e incógnita, como Sérgio Soares – todos sem times no momento. "Eu tenho preferências, o [Ênio] Fornea [vice-presidente] também e o presidente [Marcos] Malucelli também. Vamos discutir com calma", disse Zimermann.

Engrossam a lista Geninho (no Sport), Levir Culpi (Cerezo Osaka-JAP) e Tite (Al-Wahda-EAU), entre outros. "Vamos contratar alguém que conhecemos, que a gente saiba que continuará o trabalho que vem sendo bem desenvolvido", revela o dirigente. Neste sentido, ganha força Nelsinho Baptista, atualmente no Kashiwa Reysol, do Japão, revelado na Baixada quando Zimermann era presidente, em 1988.

Contratado há quatro meses, Carpegiani fez 22 partidas à frente do Atlético. Venceu 11, perdeu 6 e empatou 5, obtendo 57,5% de aproveitamento. Assumiu a equipe na 18.ª colocação, afundada na zona de rebaixamento, e a deixou no quinto lugar, viva na briga por uma vaga na Libertadores. Foi a segunda passagem dele pela Arena – a primeira ocorreu em 2001.

O Furacão pagava R$ 100 mil para o gaúcho, teto salarial que deverá ser mantido. Para trocar de ares, Carpegiani teria aceitado uma oferta de cerca de R$ 350 mil mensais. Em entrevista ao site Furacão.com, o agora são-paulino declarou: "Pesou o lado profissional. Houve uma ideia e eu aceitei o convite. Foi tudo feito com a maior clareza". Às 10 horas de hoje ele concederá uma entrevista coletiva na Arena.

No entanto, a notícia sobre o desligamento, veiculada pelo site oficial rubro-negro no início da tarde, deixou clara a insatisfação do clube: "Até o presente momento, o presidente do CAP, Marcos Malucelli, não recebeu nenhum contato por parte da diretoria do São Paulo".

Desacordo que reforça o histórico de problemas entre atleticanos e são-paulinos, que teve o ponto alto na disputa da final da Libertadores, em 2005, e prosseguiu com as idas dos atacantes Dagoberto e Aloísio para o Mo­­rumbi.

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