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O canto vindo da arquibancada pedia "lute, lute pelo seu país". Embalada por ele, a seleção daCroácia obedecia, mas a Eslovênia respondia na mesma moeda. Em jogo não estava só uma partida de basquete, mas uma rivalidade de países que fazem fronteira, repúblicas da extinta Iugoslávia. Sentado ali bem pertinho da quadra, o comandante do Brasil, Rubén Magnano, assistia a tudo, com um olhar atento, para poder levar aos seus jogadores o maior número de informações sobre os dois futuros adversários. E o que viu foi um confronto muito equilibrado, entre equipes aguerridas, com nível técnico elevado e vencido pelos eslovenos por 91 a 84.

Bostjan Nachbar comandou o melhor momento da Eslovênia no jogo e terminou com 11 pontos e cinco rebotes. Os cestinhas da equipe foram Slokar e Lakovic, com 15 pontos cada. Pelo lado croata, Ukic fez 20 pontos, enquanto Popovic e Tomas contribuíram com 17 cada. As duas equipes estão no grupo B, com Brasil, Estados Unidos, Irã e Tunísia. A vitória contra um rival direto na briga por posições deixa os eslovenos em posição mais confortável na chave. Eles ainda enfrentam Irã e Brasil.

A luta foi intensa desde o início da partida. A Croácia abriu o marcador com uma bandeja, mas a Eslovênia deu o troco na sequência, ao arrancar pelo garrafão e cravar dois pontos. Bem armados na defesa, os croatas passaram a inibir os ataques adversários no segundo quarto e, com boas jogadas, aumentavam a razoável vantagem. Os torcedores gritavam. Levantavam os braços a cada cesta. A 3s do término do primeiro tempo, o croata Marko Tomas acertou uma de três pontos e deixou 44 a 39 no placar.

Na volta à quadra, as situações se inverteram. O sistema defensivo que ajudou a Croácia no tempo anterior, agora estava montado no lado da Eslovênia. Os croatas não conseguiam avançar da marcação e desperdiçavam ataques com erros bobos. As vozes que ecoavam das arquibancadas agora eram eslovenas. Aproveitando o mau momento do rival, a Eslovênia cresceu e virou o placar. O melhor do quarto foi o aproveitamento nos tiros de três pontos: ninguém errava nada. Com o ala Bostjan Nachbar inspirado, a seleção foi ampliando a diferença.

Irritado com o rumo que o jogo tomava, o técnico da Croácia, Josip Vrankovic, pegou o ala Bojan Bogdanovic pela gola da camisa durante a parada para o quarto período. Esbravejou com a equipe, que reagiu. Mas Nachbar pontuava e batia no peito, chamando a responsabilidade. Não dava mais para a Croácia. Por 91 a 84, a Eslovênia venceu a partida.

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