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Vasco e Internacional entraram no campo de São Januário, nesta quarta-feira, pressionados. Os cariocas, na quinta colocação, vinham de três derrotas e precisavam se reaproximar do São Paulo na luta pela última vaga para a Copa Libertadores. Os gaúchos, na sexta posição, precisavam vencer para se recompor de duas derrotas seguidas e se agarrar a chances matemáticas de voltar à disputa da competição continental. Melhor para os colorados, que se aliviaram da pressão com o triunfo por 2 a 1, no fechamento da 32.ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A vitória, além de levar o Internacional aos 48 pontos e diminuir a diferença para o São Paulo para sete, alivia a corda no pescoço do técnico Fernandão, alvo da fúria colorada depois de derrotas para o penúltimo (Figueirense) e último (Atlético Goianiense) colocados nas últimas rodadas. Outro objeto dos protestos gaúchos, o atacante uruguaio Diego Forlán se redimiu com os dois gols de sua equipe e minimizou a ausência por lesão de Leandro Damião.

No sábado, os cruzmaltinos visitam o Corinthians, a passeio na competição, no Pacaembu, enquanto que os colorados recebem o desesperado Palmeiras. "Nossa situação não é desesperadora. Desesperador é não conseguir vencer em casa e a falta de confiança. São quatro derrotas consecutivas e o torcedor protesta por causa disso", analisou o meia vascaíno Juninho Pernambucano, que deu uma cutucada na diretoria. "Os jogadores que entraram no time ainda não podem render o mesmo dos que saíram. A direção tem que analisar isso e preparar a equipe para ter um ano que vem muito melhor".

"Nessas seis partidas que faltam, temos que pensar jogo a jogo. Se conseguirmos a classificação, ótimo", ponderou o lateral-direito colorado Nei. Por outro lado, o fogo começa a arder em São Januário. Mas o alvo do descontentamento dos vascaínos não era o treinador Marcelo Oliveira, e sim o presidente Roberto Dinamite. Uma faixa na arquibancada dizia: "Dinamite sorriso. Vendeu o time inteiro, perdeu o Brasileiro. Cadê o dinheiro?"

Por um momento, a noite parecia que seria dos donos da casa. O Vasco saiu na frente, mas quem dominou o primeiro tempo foi o time visitante. Demonstrando a força ofensiva que se espera de seus talentosos homens de frente, mas que nem sempre é vista nas partidas, o Internacional virou o jogo ainda antes do intervalo. Forlán completou para as redes em duas lindas assistências de D'Alessandro. A primeira aos 34 minutos, quando o argentino encontrou o uruguaio por trás de Douglas. O segundo lance, aos 45, foi semelhante, novamente com D'Alessandro encontrando espaços entre os zagueiros.

Antes, Juninho Pernambucano inverteu papéis com Jonas. Caiu pela direita e rolou para o lateral limpar a zaga com belo toque e finalizar na sobra, aos pés de Muriel, aos 22 minutos. Mas foram os gaúchos que tiveram mais oportunidades no geral. Dedé falhou à frente de Forlán e o gol não saiu porque Fernando Prass fez boa intervenção. Como no chute de longe de Nei, que tocou em seus dedos e estourou na trave.

Na segunda etapa, o Vasco se lançou ao ataque e o Internacional recuou para buscar o contra-ataque. Diante da ineficiência ofensiva vascaína, ausente dos lesionados Alecsandro e Tenório, a estratégia deu certo e os visitantes suportaram a pressão até o apito final.

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