Enfim, o verdadeiro Brasil

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Colônia – O torcedor brasileiro desfilava orgulhoso na Alemanha. Se desde a estréia via seu time de forma ressabiada e se cansou de ouvir os adversários perguntarem onde estava o verdadeiro Brasil, ontem foi o dia de exaltar a goleada por 4 a 1 e a atuação, enfim convincente, dos favoritos ao título no Mundial 2006.

"Agora sim. O Brasil estava devendo e mostrou o talento esperado por todos. Melhorou muito", avaliou o gerente de vendas Sérgio Dalla Costa, de Cascavel. Presenteado pela Bayer com um pacote para a primeira fase da Copa, ele está feliz de poder voltar ao Brasil com o orgulho de ver o melhor do seu país. "O Ronaldo fez a diferença e por isso a seleção teve outra cara", reforçou Vítor Spader, de Guarapuava, membro da mesma excursão.

O 100% de aproveitamento, entretanto, ainda é pouco para quem torce pelo melhor futebol do mundo. Por isso, o dia também serviu para a atuação dos "técnicos"de plantão.

"Para nós, essa é a seleção titular, talvez só com o Roberto Carlos em campo no lugar de Gilberto, porque faltou mais um jogador canhoto. Mas ficou claro o quanto o time perde com o Adriano", analisou o londrinense Lúcio Oba. Dono de um laboratório em São Paulo, ele está com a família na Alemanha.

Fã de Ronaldo, disse ter se decepcionado com o excesso de críticas e ficou feliz com a reviravolta do atacante no último jogo. "Acho um erro sacrificar quem já foi um herói para nós", afirmou, lembrando especialmente da última Copa, quando o camisa 9 foi o grande destaque do pentacampeonato. "Pode perguntar a qualquer zagueiro adversário se ele gostaria de enfrentar o Ronaldo. Nenhum quer encará-lo. Nem gordo", completou.

Descendente de japoneses, eles negaram ter o coração dividido no último confronto. "O Brasil está em primeiro lugar", reformou o filho Guilherme Oba.

Só num ponto os nipônicos ganharam na avaliação da família brasileira. "A torcida foi impressionante. Mesmo levando quatro gols, não pararam de cantar. Deram um baile nos torcedores brasileiros. Uma decepção na Copa até agora", avaliou Olga Oba.