Esquema com três zagueiros faz Élton ressurgir no Paraná

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O 2 a 0 sobre o Ipatinga, na terça-feira, mexeu taticamente com o Paraná. Fez Sérgio Soares abandonar de vez a preferência pelo 4–4–2 para adotar o 3–5–2 (bem sucedido no confronto) como sistema da equipe. Nova convicção que, para ser mantida diante do Guarani, amanhã, significou a "ressurreição" do zagueiro Élton.

Após entrar na etapa final da estreia paranista na Série B – derrota para o Bahia, por 2 a 0 –, no lugar do atacante Wando, Élton praticamente desapareceu. Não ficou nem no banco nas sete partidas posteriores, acabou cotado para deixar o clube, até ressurgir, contra o Ipatinga, entre os reservas.

A volta dele ao time, após mais de dois meses, contagiou até os colegas. Ao ser chamado para dar entrevista, pela assessoria de imprensa, uma "comoção" tomou conta do vestiário paranista na Vila Capanema. "O Élton voltou!", rapidamente, virou o principal "canto da torcida".

"Fico muito feliz em voltar ao time. Foi um período difícil que eu passei, mas sempre tive esperança e me preparei para quando a chance aparecesse. Agora vou tentar fazer de tudo para não sair mais", diz Élton.

A falta de ritmo, não será problema. "É claro que vou sentir um pouco. Mas vou superar na raça", complementa.

Sem Aderaldo (contundido) e Dirley (suspenso), Élton é o único zagueiro disponível no elenco. Em outras palavras, a única alternativa para a manutenção do esquema responsável pela quebra do jejum de cinco jogos sem vitória. Assim, é praticamente certa a escalação dele ao lado de Freire e Gabriel, atuando na sobra.

Entretanto, Soares não confirma nada. Ontem, ele realizou um treino secreto no CT Ninho da Gralha. A definição sairá hoje, no último trabalho, no CT da Ponte Preta, em Campinas.

"O esquema não vai mudar. Mas ainda vou definir quem vai substituir o Dirley. Temos algumas opções, não vou falar nada antes ", declara o treinador. Nas demais posições, nada deve mudar em relação a terça-feira.

A mudança para o 3–5–2 ocorreu por duas razões. Primeiro, o desempenho ruim do setor defensivo, o quarto pior da Segundona. Em 11 jogos, o Tricolor tomou 18 gols, média de 1,63. Mas também, por entender que os laterais Murilo (direito) e Fabinho (esquerdo) têm bom potencial ofensivo.

"No Santo André (ano passado, quando subiu com o clube para a Série A), eu já trabalhava no 3–5–2. Não tive problema nenhum em mudar, pois senti que o perfil do time é para esse esquema, é a formação que podemos render mais", comenta Soares.