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A estatização das transmissões dos jogos de futebol da primeira divisão do Campeonato Argentino foi um mau negócio para o governo de Cristina Kirchner. A falta de publicidade privada no "Canal 7", a TV pública argentina, já causou um déficit de aproximadamente 84 milhões de pesos (cerca de US$ 22 milhões) para os cofres públicos.

Levantamento realizado pelas consultorias Havas Media e Search afirma que o projeto denominado "Futebol para Todos" já deveria ter atraído pelo menos 126,4 milhões de pesos (US$ 33,36 milhões) para não entrar no vermelho. Mas os cálculos indicam que o governo só faturou entre 39 e 42 milhões de pesos (entre US$ 10,26 e US$ 11,05 milhões) desde agosto. E o único anunciante durante os jogos é o próprio governo.

Em sua investida contra o Grupo Clarín, maior holding de mídia da Argentina, a presidente Cristina Kirchner ofereceu à Associação de Futebol da Argentina (AFA) um contrato de 600 milhões de pesos (cerca de US$ 157 milhões) anuais, valor que foi pago já em agosto.

No começo de agosto, a AFA rompeu o contrato com o canal de TV a cabo TyC, do Grupo Clarín, que teve a exclusividade da transmissão por 18 anos. Assim, o futebol passou a ser transmitido pela TV oficial e aberta, gratuitamente para o telespectador, que, até então, tinha de pagar a assinatura da TV a cabo para ver os jogos.

Quando Cristina Kirchner anunciou o "Futebol para Todos", ao lado de Diego Maradona, que é o técnico da seleção argentina e maior ídolo do futebol argentino, o argumento oficial era de que "o futebol se paga por si mesmo" e que os cofres públicos "não colocariam nenhum centavo nas transmissões". Por enquanto, não tem sido assim.

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