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Montes Claros, no norte de Minas Gerais, tem uma população de pouco mais de 360 mil habitantes, mas conseguiu uma façanha: en­­trou para o mapa do esporte nacional com um time que mal completou um ano de existência. Hoje, a partir das 9h30, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a equipe da cidade decide o título da Super­­liga Masculina de Vôlei contra o tricampeão Cimed/Malwee, de Florianópolis-SC.

Nem os mais de mil quilômetros que separam a cidade mineira da capital paulista, palco da grande final do torneio, diminui o em­­penho da torcida. Tanto que, após uma dose de protestos – que mo­­bilizaram até sites de relacionamentos na internet –, os torcedores do Bonsucesso/Montes Claros conseguiram espaço para acompanhar o time de pertinho. Dez ônibus fretados pelo clube estarão em São Paulo.

A história do Montes Claros é recente. O time nasceu em maio de 2009 e, com poucos meses de fundação, já foi campeão mineiro. Apostou em uma equipe de jogadores experientes e em um técnico ainda iniciante, com quatro anos de profissão – o ex-levantador Tal­­mo de Oliveira, campeão olímpico pela seleção brasileira nos Jogos de Barcelona, em 1992, como reserva de Maurício.

"Nosso time não tem muita gente conhecida, entre aspas", diz o treinador, que antes trabalhava no rival Sada/Cruzeiro, adversário derrotado na final do Campeonato Mi­­neiro e na semifinal da Super­­liga. "Mas grande parte deles atuou fora do país, vivenciou e aprendeu no vôlei internacional. Isso qualificou a equipe e por isso estamos aqui."

Esse é o caso do oposto Lorena, que passou cinco anos jogando no exterior (estava na Itália). Aos 31 anos, ele tornou-se o maior pontuador de uma mesma edição da Superliga – já alcançou a marca de 684 pontos, superando o recorde de Anderson, que fez 678 pela Ulbra na temporada de 2000/01. É a principal arma do Montes Cla­­ros para desbancar a Cimed e conquistar o título.

A mobilização da cidade de Mon­­tes Claros fica claramente ex­­pressa na média de público do ti­­me na competição: 5.584 torcedores por jogo realizado no Ginásio Tancredo Neves, muito à frente do segundo colocado, o Sada/Cruzeiro (3.068). O sucesso é tanto que os jogos do time são transmitidos até por emissoras locais de rádio.

Já o segredo da Ci­­med é a manutenção da base vencedora de 2005/2006, ano de sua es­­treia, agora sob o comando do técnico Marcos Pacheco. "So­­mos uma equipe amiga acima de tudo. Existe uma grande diferença entre estar junto há muito tempo, e estar junto e envolvidos. Isso faz a diferença nos momentos mais complicados", disse o treinador.

Ao vivo

Cimed x Montes Claros, às 9h30, na SporTV e RPC TV

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