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Marcelo comemora o primeiro gol da nova Arena | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Marcelo comemora o primeiro gol da nova Arena| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

O primeiro gol da nova Arena da Baixada saiu do pé esquerdo – que nem é o bom – do melhor jogador do Atlético. O atacante Marcelo Cirino da Silva, 22 anos, destoou do resto do time, mas não impediu a derrota histórica para o Corinthians ontem. Pelo menos, entre os minutos 13 e 26, ele arrancou o sorriso da torcida e o tradicional grito de grito de "Uh, Furacão".

"Fico feliz pelo gol ser meu na nova Arena. Fiz gol na antiga, agora fiz na nova. Espero fazer mais gols aqui ainda", disse o avante de passadas largas e aceleração de velocista. Como nem sequer voltou para o segundo tempo, já que o técnico Miguel Ángel Portugal trocou dez jogadores no intervalo, não pôde cumprir a promessa de fazer o segundo. Do banco, viu os paulistas virarem e vencerem por 2 a 1. Na reestreia do estádio, o duelo com o J. Malucelli (29/3) terminou sem gol.

Atleta mais valioso do elenco rubro-negro (R$ 28,8 milhões, segundo a Pluri Consultoria), Marcelo quase não entrou em campo ontem. Contra o Internacional, no último sábado, a revelação do Brasileiro 2013 saiu de campo lesionado. Ele deixou de treinar na segunda-feira, mas mostrou estar recuperado da pancada no tornozelo.

Aos 13 minutos, o camisa 7 recebeu de Deivid pela ponta direita, passou com facilidade por dois adversários e chutou forte no canto esquerdo do goleiro Walter. Na comemoração, deu outro pique e foi abraçar os companheiros do banco de reservas. Não sobrou nem um abraço para o técnico.

Depois de receber carinhosos tapinhas no pescoço, Marcelo levantou as mãos para o céu. Agradeceu e engoliu o choro, mais ou menos como o atacante Lucas fez 15 anos atrás, em 1999, na abertura da fase moderna do Joaquim Américo.

Lucas Severino, que chegou a se aposentar no Atlético em 2011 – ele voltou atrás e joga até hoje no Japão –, no entanto, se ajoelhou em frente à meta onde fica a torcida organizada e pensou, após o gol de cabeça, no que aquele elenco que tinha Kléber Pereira, Adriano Gabiru e Kelly ainda poderia fazer.

De volta a 2014, Marcelo não tem a mesma sorte do antecessor. Participou ativamente da campanha do terceiro lugar no último Nacional, mas hoje brilha como estrela quase solitária do Rubro-Negro. De contrato renovado até dezembro de 2016, naufragou junto com a equipe na primeira fase da Libertadores. Jovem ídolo, com 121 partidas e 32 gols com a camisa vermelha e preta, o maringaense sabe que, a longo prazo, seu futuro não será no estádio em que fez história ontem.

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