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A tranqüilidade voltou a reinar no CT do Caju. Ontem, a mudança de astral no grupo atleticano era visível. Mesmo em meio a um treino físico, o bom humor esteve presente entre os jogadores. Empurrões, gozações, brincadeiras... Depois, na parte com bola, a mesma coisa. Até uma espécie de bobinho – treino recreativo que durante todo o período de Antônio Lopes quase não se viu – voltou à cena.

O retorno da alegria coincide com a seqüência de bons resultados que, por sua vez, recomeçaram após a chegada técnico Evaristo de Macedo. Em duas partidas no comando do Furacão o experiente treinador obteve duas vitórias. Mesmo quase sem tempo para treinar no período, conseguiu uma mudança sensível no estilo de jogo da equipe. As prioridades mudaram: ao invés da marcação, o foco principal passou a ser a criação.

O exemplo mais claro disso é a orientação que Evaristo deu a Ticão no intervalo da partida contra o Fortaleza, quando o jogo já estava 3 a 0. "Ele me chamou num canto e disse: ‘Sai um pouquinho mais, vai lá na frente e vê se também consegue fazer um golzinho’. Se fosse outro, ia me mandar ficar na marcação para segurar o resultado", conta o volante, que teve uma de suas melhores atuações neste Brasileiro, mas acabou levando o terceiro cartão amarelo e está suspenso.

Outra diferença está no tratamento. Com Lopes, erros eram cobrados com rigidez e exposição negativa do jogador, o que causou um certo desgaste com o elenco. Com Evaristo não há gritaria.

"Gosto que meus atletas joguem pela alegria de jogar e não porque são obrigados a isso, pois têm um contrato assinado a cumprir", explica o técnico que tenta colocar em suas equipes um pouco do encanto de quando jogava futebol. "O objetivo não é só buscar o resultado, mas de uma maneira que encante o torcedor. Claro que nem sempre é possível. Tem horas que não tem jeito. Daí é evidente que temos de prender a equipe."

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