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Fleury e Petraglia na assembleia que prorrogou o mandato deles em 2007 | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Fleury e Petraglia na assembleia que prorrogou o mandato deles em 2007| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

João Augusto Fleury da Rocha, que presidiu o Atlético entre 2004 e 2008, mudou de lado. Em vez de apoiar o até então aliado Mario Celso Petraglia, preferiu dar su­­porte à chapa liderada por Diogo Fadel Braz e Ênio Fornéa para a eleição que ocorre no dia 15 de dezembro.

Ao lado de Petraglia no clube desde 1995, Fleury foi impulsionado à presidência com apoio irrestrito dele. Situação parecida com a do atual mandatário Marcos Malu­­celli – que também se afastou do hoje gestor das obras na Arena para a Copa do Mundo, mas ainda durante o mandato.

Apesar disso, Fleury negou que tenha havido um racha. "Não é nenhum rompimento", disse. Mesmo assim, comentou que não conversa com o ex-aliado desde 2008, ano em que deixou a presidência, e que não foi procurado por Petraglia para pedir apoio agora.

Afirmando estar alinhado com as propostas da chapa de Fadel e Fornéa, ele acredita que ter o novo adversário político no comando do clube não seria o melhor para o Furacão. Sem contar que não ficou satisfeito ao ver Petraglia lançar-se como candidato. "Pensávamos que deveríamos nos afastar da gestão do clube para dar espaço às novas gerações. Cumpri o que combinamos e me afastei", afirmou, lembrando a "promessa" não cumprida por Petraglia.

Para Fleury, com a participação direta de Petraglia na gestão das obras na Arena, o clube perderia ao centralizar muitos assuntos em uma só pessoa. "É um projeto de grande valor econômico [a Arena], que vai exigir dele todo o talento e dedicação. Eu gostaria que usasse toda essa energia so­­mente na conclusão da obra. O Atlético precisa de soma e não de centralização", apontou.

Além disso, a preocupação do ex-presidente está no departamento de futebol. Com o foco voltado para as obras no estádio, ele teme que o time seja deixado de lado. "O futebol é muito importante para ser desconsiderado. Entendo que a gestão do Mario Celso [Petraglia] nas obras não pode atrapalhar o futebol. São questões objetivas e que devem ficar alheias", seguiu.

Fleury não é o único ex-presidente que partiu em defesa da chapa de Fadel e Fornéa. Ao lado dele também estão Ademir Adur, Gui­van Bueno, Marcus Coelho e Val­mor Zimmermann. "O fato de outros terem oferecido apoio à chapa engrandece e indica que temos uma visão que vai no mesmo sentido", fechou Fleury.

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