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Jogadores do Operário treinam para o Estadual | Celso Margraf
Jogadores do Operário treinam para o Estadual| Foto: Celso Margraf

Operário

Objetivo é superar posto de 2010

Quinto lugar no Paranaense deste ano, o Operário quer ir além na próxima temporada. "O mínimo que a gente espera é igualar a colocação. Mas a nossa expectativa é maior. Queremos corresponder aos desejos do nosso torcedor", diz Dorli Michels, gestor do Alvinegro de Ponta Grossa.

Para tanto, além da consultoria do experiente Jair Pereira, a equipe manteve a base que disputou a Série C do Brasileiro e trouxe nove reforços – três zagueiros, um lateral-direito, um volante, um meia e três atacantes. "Acredito que montamos um bom elenco, e já temos o entrosamento", afirma o dirigente.

Os destaques entre os novatos são os meias Kanela, ex-Pato Branco, e Diego Palhinha, ex-Democrata; mais os atacantes Valtinho, ex-Uberaba; e André Nunes, com passagem pelo Coritiba. "Devemos trazer ainda mais um meia e um lateral-esquerdo. Com isso, o elenco estará fechado".

Para preparar melhor ainda a equipe, o Operário concentrou-se em Reserva, na região dos Campos Gerais, para realizar sua pré-temporada.

Entre as décadas de 80 e 90, Jair Pereira treinou boa parte dos grandes clubes do país. Ce­­nário oposto o carioca encarou a partir do ano 2000, quando viu a carreira praticamente ruir e as conquistas sumirem. O declínio – sem explicação, se­­­­gundo ele – acabou forçando uma mudança de rumos. E no Operário, em Ponta Grossa, ele pretende ressurgir no mundo da bola.

No final de novembro, o técni­co assumiu nova função no Fantasma, na posição de consultor, com contrato até o final do Campeonato Para­naense. De primeira, in­­dicou e contratou o treinador Hamil­ton de Oliveira, ex-Olaria, o preparador de goleiros Walter Andrade e o preparador físico Antônio Marcos. Agora, trabalha na montagem do elenco visando o Estadual 2011.

"É uma espécie de diretor de futebol. Mas eu não estarei no Operário o tempo inteiro. Vou acompanhar a pré-temporada, conversar sobre o esquema tá­­tico, como vai jogar, o aproveitamento dos jogadores. Uma nova função para mim", diz Jair Pereira, 64 anos, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

"Estávamos procurando um técnico de ponta e pensamos que com a vinda do Jair poderíamos aproveitar o seu conhecimento como um todo, não só dentro das quatro linhas. Por isso o convidamos para ser uma espécie de coordenador", de­­clara Dorli Michels, um dos ges­­tores do Alvinegro.

Recomeço para quem tem história de sobra para contar e um cartel de 16 títulos. O currículo de Pereira é de fazer inveja para a maioria dos treinadores brasileiros. Ele comandou Cru­­zeiro, Atlético-MG, Bota­­fo­­go, Vasco, Flamengo, Flu­­mi­­nense e Corinthians. Fora do país, esteve no Cerro Porteño-PAR e no Atlético de Madrid-ESP.

Passou também pelo futebol paranaense, em 1997 no Atlé­­ti­­co e, três anos mais tarde, no Coritiba. "Em 97 eu fui vice-campeão do Paranaense, poderia ter sido campeão. Eu lembro do pessoal quebrando todo o estádio [Baixada] para fazer um novo e eu sem lugar para treinar. Treinei com isso aí tu­­do em caco. Eu roí o osso e na ho­­ra do filé não chamaram mais", relembra Pereira.

Em 2002, o agora executivo do esporte sofreu uma cirurgia cardíaca. Recuperado, não conseguiu retomar o embalo, tanto que passou 2004 sem emprego. Voltou a trabalhar à beira do gramado no Ceará, depois no rival Fortaleza e em 2009 di­­rigiu o Itumbiara-GO. Até que decidiu mudar...

"Já vinha fazendo alguns cursos, reforçando o inglês. Sem contar toda a experiência que tenho no futebol, como ex-jogador e técnico. Treinei a se­­leção brasileira de novos", afirma. Além disso, pesou o lado fa­­miliar. Pereira não quer ficar longe das netas.

"Quero curtir a minha família. Sempre viajei muito, o mundo inteiro. Agora a minha vontade é estar mais por perto. Tanto que recebi propostas de clubes do exterior e não aceitei. É claro que se surgir alguma coisa muito boa, podemos analisar. Mas por enquanto não tenho essa vontade".

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