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Conheça a história do menino que também se feriu em quadra de futsal de Guarapuava

Irmão caçula perde "ídolo"

Guilherme, de 12 anos, também sonha em ser jogador de futebol. Sempre se espelhou no irmão, que dizia ter certeza de que seria superado pelo caçula da família. "Ele vivia dizendo que o irmão era melhor que ele. Também joga salão, mas quer mesmo é jogar no campo", disse Valter Costa. "Ele ficou muito triste. Ele era um exemplo para o menino".

O pai coruja fala com orgulho do filho mais. "O Robson também quis jogar no campo, mas se deu bem no salão. O Guilherme não. Ele é canhoto e joga na mesma que o irmão, com a camisa 5. Já fez até teste no Grêmio e passou, mas não deixei ir porque era muito novo", disse

Três dias depois da morte de Robson Rocha Costa, jogador de futsal do Atlético Desportivo de Guarapuava, a família, que mora em Foz do Iguaçu, ainda não sabe o que fazer. Indagados a todo instante sobre a intenção de processar clube ou prefeitura, os familiares pedem um tempo até que a dor pela perda se amenize. No sábado (6), no ginásio Joaquim Prestes, Costa se feriu após uma dividida (carrinho) quando uma lasca de madeira do piso se soltou, ferindo-lhe na altura da virilha. Ele foi levado para o hospital e operado, mas não resistiu às complicações.

O pai de Robson, Valter, atendeu à reportagem da Gazeta do Povo no início da noite desta terça. Abalado, ele preferiu não falar muito, deixando a incumbência para dona Marli Costa, mãe de Robson. Ela, contudo, não foi localizada, pois participará nesta quarta-feira do programa Mais Você, transmitido pela RPC TV.

Após o retorno de Marli, a família ficará reclusa por pelo menos três dias. "Estamos muito abalados e quando ela voltar queremos descansar um pouco para tentar esquecer tudo isso. A mãe de minha esposa esta aqui e queremos um pouco de paz, para depois decidir o que fazer", disse Valter Costa. Ele não descarta entrar na justiça contra os responsáveis pela quadra, mas se negou a falar sobre o tema neste momento.

Por outro lado, elogiou toda a assistência que a família recebeu. "Todo mundo, desde o presidente até os colegas de time, nos ajudou muito. Somos muito gratos", disse.

Em 2008, garoto se feriu no mesmo local

A reportagem do Paraná TV desta terça-feira mostrou a história do menino Giuliano Magela, na época com 11 anos. Na disputa de uma partida de futsal, em jogada no mesmo canto da quadra, ele teve a panturrilha perfurada por um pedaço de madeira de aproximadamente 25cm em 2008.

Na época, os administradores da família garantiram que iriam investigar porque o pedaço de madeira se soltou, afinal o piso tinha sido trocado recentemente. Surpresos com o acidente do último fim de semana, pai e filho relembraram os momentos de angústia. Giuliano guarda o pedaço de madeira até hoje e a cicatriz para sempre. Veja mais na reportagem em vídeo.

O ginásio esta interditado pela justiça até que uma investigação sobre as condições do piso seja concluída.

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