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Gelsenkirchen – Falta pouco para Luiz Felipe Scolari igualar o feito do também brasileiro Otto Glória no comando da seleção portuguesa. Se vencer a Inglaterra hoje, às 12 horas (de Brasília), em Gelsenkirchen, o treinador levará Portugal às semifinais de uma Copa do Mundo após 40 anos.

A possível classificação será uma surpresa até mesmo para Scolari. Até o início do Mundial, o técnico não escondia a satisfação de chegar entre oito melhores da competição. Objetivo alcançado, agora se vê diante de um novo desafio e, para isso, não poderá contar com dois jogadores de destaque em seu esquema.

Reflexos da "batalha de Nuremberg", no domingo passado, quando perdeu expulsos Costinha e Deco contra a Holanda, na partida com o maior número de cartões em Copas. Os substitutos serão Petit e Simão Sabrosa, respectivamente.

Por outro lado, o treinador ganhou um reforço. Cristiano Ronaldo se recuperou de uma pancada na coxa e está liberado para encarar os britânicos.

O duelo de hoje desperta boas recordações em Scolari. Em 2002, com a seleção brasileira, o treinador encontrou nas quartas-de-final justamente a Inglaterra. Se repetir o triunfo alcançado na ocasião (2 a 1), chegará à 12.ª vitória consecutiva em Mundiais, recorde absoluto.

O reencontro com o brasileiro não é visto como uma revanche pelo técnico da seleção inglesa. Eliminado por Portugal também na Eurocopa de 2004, o sueco Sven-Goran Eriksson descarta o clima de rivalidade e tem pedido a seus jogadores que mantenham a concentração apenas no jogo.

"Não me considero um fantasma dos ingleses. Só meu time fez mais gols ou conseguiu acertar mais pênaltis e obteve as vitórias. Não existe segredo", disse Felipão.

Porém, para passar pelos portugueses, o treinador terá de afastar a desconfiança que ronda os súditos da rainha. Até o momento, sua equipe ainda não teve uma grande apresentação no Mundial – para chegar à atual fase, bateu o Equador em um monótono 1 a 0.

A grande aposta de Eriksson está nos habilidosos jogadores de meio-campo, como Lampard, Gerrard e Beckham, especialista em cobranças de falta. No ataque, Rooney atuará isolado mais uma vez.

A Inglaterra tenta voltar à semifinal de uma Copa após 16 anos. "Se esta é ou não uma geração de ouro, veremos agora, neste jogo", diz o lateral-direito Gary Neville, que volta a jogar após três partidas afastado por causa de uma lesão muscular na panturrilha direita.

Quem sobreviver encara Brasil ou França.

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