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O esporte não devia estar atrelado à política, ainda mais neste continente marcado por ditaduras ou governantes eleitos pelo voto que não perdem o vício e tentam alongar os seus mandatos. Os anglo-saxões ironizam os líderes latino-americanos, insinuando que eles assumem os cargos jurando "Por Dios y por la pátria; por Dios y por la plata".

Os escândalos, lamentavelmente, confirmam esse maroto costume arraigado na cultura continental. Mas os brasileiros estão cansados de assistir a tantos truques, jogadas de marketing, sonoros discursos demagógicos, gestos de efeitos especiais e tudo mais que, no campo da política brasileira, se exibe como se fosse um cenário de ópera bufa protagonizada por medíocres histriões, em quase todas as eleições, inclusive a próxima.

Sobre todos os mensalões, obras superfaturadas, desvios de recursos públicos, caixas 2, propinodutos, dinheiros escondidos – em cuecas, bolsas e meias –; sobre toda a quebra de valores éticos, o desprezo pelo esforço do aprendizado da boa cartilha política, a desmoralização do reconhecimento de mérito e as manobras para a ocupação do poder a qualquer custo, o que tem causado maior repulsa à sociedade brasileira é mesmo a mentira explícita, de cara limpa, pois esta, além de encobrir bandalheiras, afronta a inteligência do cidadão, debocha de sua capacidade de discernimento.

Os que acham que os milhões de brasileiros que saíram da pobreza para a classe média ignoram as qualidades e os defeitos dos últimos governos ou desconhecem os fundamentos do que tem ocorrido de bom e de ruim em nosso país, terão surpresas nas urnas.

Causou grande impacto na sociedade o voto do ministro do STF, Celso de Mello, entrando para a história com a contundência e impacto político semelhantes às orações proferidas por Rui Barbosa no passado.

No corpo de um libelo sobre os efeitos da corrupção para as instituições, o ministro Celso de Mello denunciou que "este processo criminal revela a face sombria daqueles que, no controle do aparelho de Estado, transformaram a cultura da transgressão em prática ordinária e desonesta de poder, como se o exercício das instituições da República pudesse ser degradado a uma função de mera satisfação instrumental de interesses governamentais e de desígnios pessoais".

Mas essa gente parece que não toma jeito e a suspensão do Superclássico da Américas, entre Brasil e Argentina, foi apenas mais um fiasco peronista, pois a escolha do local constituiu-se em ato político da presidente Cristina Kirchner para atender ao correligionário e governador da província de Chaco, onde se localiza a pequena cidade de Resistência.

A falta de luz impediu a rea­li­zação da partida e a AFA – Associação de Futebol Argentino – pagou um dos maiores micos da história recente do futebol.

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