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O Comitê Organizador Local da Fifa teve reunião com a diretoria do Inter nesta quarta-feira (13) e fez novas exigências ao clube gaúcho. Para sediar a Copa do Mundo de 2014, o Colorado terá que apresentar parceiros que garantam a viabilidade financeira do projeto, orçado em R$ 150 milhões. A ideia de bancar toda a obra com recursos próprios não foi aceita pela entidade. Além disso, a Fifa pediu que o gramado do Beira-Rio seja rebaixado.

O Inter nega que esteja ameaçado de deixar de ser a sede da Copa. E assegura que tem parceiros para viabilizar o projeto.

"Apresentamos quatro modelos para eles. O que nos dava mais rentabilidade era aquele com recursos próprios, mas ele não atendeu às exigências da Fifa. Temos que apresentar uma carta de crédito ou garantias do BNDES. Podemos ter a parceria de uma empreiteira. Pelo que conversamos com o Comitê, essas alternativas serão aceitas," disse o vice-presidente do Inter e principal responsável pelo projeto de reformulação do Beira-Rio, Pedro Affatato.

O clube não quer rebaixar seu gramado. Alega que o Beira-Rio está construído, como diz seu nome, próximo a um rio, o que prejudica as obras. Mesmo assim, o clube terá que mexer no orçamento, ver quanto custará o novo item da obra. Reuniões na semana que vem redefinirão os custos. Quando a matemática estiver feita, os números serão apresentados à Fifa, já com a garantia financeira encontrada pelo clube.

"Podemos garantir que vamos ser a sede da Copa," afirmou Affatato.

O Inter, inicialmente, informa que não há motivos para temores. Mas o clube está preocupado com a pressão política para que a Arena, novo estádio do Grêmio, seja a sede do Mundial. Na visão da diretoria colorada, o Comitê Organizador Local segue interessado em ver o Beira-Rio como sede da Copa, mas a Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 no Rio Grande do Sul preferiria o contrário. O coordenador da pasta é Eduardo Antonini, muito ligado a Paulo Odone, eleito presidente do Grêmio.

Dos R$ 150 milhões necessários para fazer a obra, o Inter tem R$ 65 milhões garantidos pela venda do Estádio dos Eucaliptos e pela negociação de suítes do Beira-Rio. Falta encontrar o restante. É aí que entrarão empresas parceiras, exigidas pela Fifa para a Copa efetivamente ser realizada no Gigante.

Enquanto isso, o estádio já passa por obras. Foi colocado um molde das futuras arquibancadas do Beira-Rio, mais altas e longas do que as atuais. Os assentos começaram a ser retirados na terça-feira. No pátio, é montada a estrutura onde ficarão os pilares que sustentarão a cobertura do estádio.

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