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Um curta-metragem com sérias restrições orçamentárias, no qual os astros principais tiveram atuações decepcionantes e um "coadjuvante" que há muito tempo não brilhava roubou a cena, levando a "estatueta" para casa.

O Paranaense 2006, encerrado ontem, poderia ser definido dessa maneira se fosse um filme em vez de um campeonato de futebol.

Curta-metragem por ter sido disputado em breves 89 dias. Com restrições orçamentárias graças ao investimento comedido dos grandes e à falta de dinheiro costumeira das equipes do interior.

Atlético e Coritiba são as estrelas que decepcionaram. Sempre favoritos ao título, pararam diante da surpreendente Adap nas quartas e semifinal, respectivamente, e deram à sinopse do Estadual deste ano um rótulo que vai acompanhá-lo por toda a história: a primeira edição do torneio sem um Atletiba.

Melhor para o Paraná. Colecionador de Oscars (ou melhor, títulos) nos anos 90, o time das Vilas deu a volta por cima, no melhor estilo hollywoodiano. Após três anos lutando contra o rebaixamento, o Tricolor dispensou o papel de coadjuvante e, com uma atuação competente de todo o elenco e a direção firme de Barbieri, transformou-se no grande mocinho da história.

E não faltaram candidatos a estragar a última cena do Tricolor. O primeiro aspirante a vilão foi o Iraty. Após trocar o estreante diretor latino Freddy Rincon por Val de Mello, aclamado por conduzir com maestria "filmes B", o Azulão apostou todas as suas fichas no pistoleiro Leandro, um matador imperdoável. Saiu de cartaz logo nas quartas-de-final.

O Rio Branco também tentou reescrever o roteiro da competição. A locação da cena foi a Estradinha, um inferno à beira-mar. Mas o Tricolor domou o Leão e seguiu para a decisão contra o personagem mais temido de toda a trama: a Adap.

Motivos para temer por um imprevisto final triste não faltavam. Gilberto Pereira, diretor e roteirista do estúdio de Campo Mourão, transformou "pangarés" como Peabiru, Souza e Elvis em cavalos de raça. Junto a eles, um elenco modesto, mas extremamente promissor. Riscou dos créditos finais a dupla Atletiba, mas foi incapaz de interromper a grande virada paranista.

Mas o Estadual não se resumiu apenas à saga tricolor. Como em um bom filme, outras tramas paralelas foram criadas, se desenrolaram e terminaram durante os quase três meses em que o torneio esteve em cartaz.

Teve falso mocinho que obteve apenas 15 minutos de fama, árbitros dignos de viver vilões de comédias pastelão, experiências estranhas que mandaram laboratórios de última geração pelos ares e até mesmo a inesperada saída de cena do veterano diretor da academia, tudo resumido no trailer abaixo. Pegue sua pipoca e bom divertimento.

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