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Um mês sem vitórias - um total de quatro partidas sem sair de campo com os três pontos - e o pior ataque do Campeonato Brasileiro. Para piorar, o Fluminense entrou em campo, no complemento da 11ª rodada, ocupando um lugar na zona de rebaixamento. A torcida, parecendo prever o pior, compareceu em número reduzido ao Engenhão, estádio do Botafogo, compaheiro do Tricolor na parte de baixo da tabela.

Menos de cinco mil pessoas pagaram ingresso para assistir, na noite deste domingo, ao Tricolor ser derrotado por 1 a 0 pelo Santo André, consciente e mais vem organizado em campo, com um gol contra de Wellington Monteiro. No fim, número suficiente de torcedores para fazer forte protesto contra o técnico Carlos Alberto Parreira, o principal alvo da ira dos torcedores no estádio.

Com o resultado, o Tricolor carioca passou a figurar entre os quatro piores times da competição. Com dez pontos, está em 18º lugar. Já o time paulista, com 14 pontos, subiu da 14ª para a décima colocação. As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. O Fluminense vai a Porto Alegre, onde enfrenta o vice-líder Internacional, às 21h50m, no Beira-Rio. Já o Santo André recebe o Atlético-PR no estádio Bruno José Daniel, no ABC, às 21h.

O jejum não serviu de motivação para os torcedores comparecerem ao estádio para incentivar o Fluminense, que logo aos três minutos começou a viver seu drama. Em jogada pela direita, Antônio Flávio cruzou para a área buscando Nunes, e Wellington Monteiro acabou marcando contra ao tentar cortar - o árbitro Antônio Carlos de Oliveira confirmou o gol para o volante do Fluminense. Assistir à equipe paulista abrir o placar no início da partida deixou os tricolores impacientes. Mesmo em pequeno número, eles passaram a vaiar Edcarlos e Wellington Monteiro a cada de toque de um dois na bola.

Alheios aos protestos vindos da aquibancada, os jogadores tentavam impor pressão. Diguinho e Leandro Amaral concluíram para fora aos sete e nove minutos, respectivamente. Bem armado, o Santo André se fechou ainda mais à espera de chances de sair em contra-ataques. Em um deles, aos 19, Elvis mandou longe do gol. O Tricolor tinha mais posse de bola, no entanto, errava muitos passes e facilitava a vida do adversário, que criou as melhores oportunidades.

O jogo era morno, mas o time do ABC poderia ter ampliado em três portunidades. Aos 31, Gustavo Nery lançou na área para Elvis, que encobriu Ricardo Berna. Edcarlos salvou em cima de linha. Quatro minutos depois, Marcelinho Carioca cobrou falta com efeito, e goleiro espalmou. O camisa 1 teve trabalho novamente aos 38, e em mais um lance de bola parada do meia. Aos anfitriões restou rondar a área do Santo André, mas sem perigo.

Parreira muda, mas não escapa das vaias da torcida

Já na base do desespero, o Fluminense voltou para a etapa final com Marquinho no lugar de Wellington Monteiro, tentando tornar a equipe mais ofensiva. Os mandantes realmente partiram para o abafa, mas foi dos visitantes o primeiro lance de perigo. Aos três, falta frontal ao gol tricolor, mas Marcelinho Carioca cobrou no meio do gol, facilitando a defesa de Ricardo Berna. A resposta veio em dose tripla, sempre pelos pés de Conca. Na primeira, o meia argentino levantou na área, Fernando desviou, e Neneca segurou. Na sequência, bola para Luiz Alberto, que não venceu a marcação de Elvis. Em seguida, o camisa 10 cobrou falta na cabeça de Edcarlos, mas o goleiro do Santo André voltou a aparecer bem.

Tudo com menos de dez minutos de bola rolando, e Carlos Alberto Parreira, que virara alvo da torcida na faixa "Fora, Parreira" estendida na arquibancada, resolveu mexer novamente. Marquinho foi descolado para a lateral esquerda, e João Carlos saiu para a entrada de Tartá. O Tricolor continuava pressionando, mas os visitantes é que assustavam. Aos 20, Elvis aproveitou rebote da zaga e mandou a bomba. Ricardo Berna fez ótima defesa. No minuto seguinte, Antônio Flávio aproveitou cruzamento de Marcelinho Carioca, subiu mais do que a zaga carioca e cabeceou com perigo, à esquerda.

Aos 26, Leandro Amaral cabeceou para ótima defesa de Neneca, que espalmou a escanteio - foi o último lance do atacante na partida, dando lugar a Maicon. A substituição foi apenas mais um motivo para os torcedores pedirem a saída de Parreira, com gritos e xingamentos. Aos 28, Conca chutou rente à trave esquerda. Recuado, o time do ABC passou por uma verdadeira blitz nos minutos finais, e o seu goleiro surgiu como herói. Aos 38, ele fez excelente defesa em cobrança de falta de Conca. No minuto seguinte, foi seguro ao defender conclusão de Edcarlos. Sem nenhuma organização e ainda mais desesperado, o Fluminense terminou a partida como começou: na zona de rebaixamento.

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