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Abel deu murros na mesa, resistiu o quanto pôde e rechaçou a contratação de Romário em 2005. Ivo Wortmann, treinador contratado para substituir Abel com o projeto de dirigir um luxuoso iate em 2006, passou o Natal em Capão da Canoa, litoral do Rio Grande do Sul, sabendo que está entrando água na sua canoa. Para pagar uma dívida em torno de R$ 9 milhões com a empresa Sport e Lazer Centenário S.A, o Fluminense ampliou de um para três anos o recém-renovado contrato de parceria e patrocínio com a Unimed.

Cada vez mais refém da empresa, que há tempos vinha projetando a chatíssima novela "a volta de Romário", o Fluminense mais uma vez se dobra às imposições de Celso Barros, presidente da patrocinadora, que tem uma admiração especial pelo Baixinho. O presidente Roberto Horcades confirma o acerto entre o Tricolor e a patrocinadora envolvendo o interesse em Romário, divulgado pela coluna de Renato Maurício Prado na edição deste domingo do jornal "O Globo".

"O acordo com Romário depende das negociações com o Celso Barros. Não vejo ninguém refém de ninguém. Essa dívida, que não é minha, era inicialmente de R$ 5 milhões e agora está em R$ 9 milhões. Nossa renovação de contrato com a Unimed era para um ano e agora estendemos para três. Isso é certeza de que teremos times fortes."

Para quem estaria correndo o risco de ser detido a qualquer momento por não cumprir uma determinação da Justiça, Horcades parecia muito tranqüilo neste domingo, almoçando no Lamas com a família. Para ele, o processo é assunto decidido, pois confia no acordo entre Unimed e a Sport e Lazer Centenário S.A, do empresário Nelson Tanure, que ganhara em todas as instâncias da Justiça o direito de exibir na camisa do Fluminense a logomarca da academia Estação do Corpo.

Clube é condenado à revelia pelo TJ

Em situação delicada porque desde que assumiu a presidência, no fim do ano passado, vem enfrentando essa lenga-lenga sobre Romário e tendo de mostrar jogo de cintura para não melindrar o patrocinador, o hábil Roberto Horcades encontrou um ângulo novo para explicar a razão pela qual o interesse no Baixinho agora é bem diferente.

"Nossa resistência não era contra o Romário. E sim contra Romário, Edmundo, Roger, Ramon, nos moldes como aconteceu com eles", explicou Horcades, referindo-se à bagunça que marcou o futebol nos últimos meses da gestão Fischel.

Bagunça que parece ter atingido o departamento jurídico. Antes um modelo de organização, o tricolor foi condenado à revelia em primeira instância, no dia 10 de outubro deste ano, pelo juiz Alexandre de Carvalho Mesquita, da 40 Vara Cível, a pagar os R$ 9 milhões à Sport e Lazer Centenário S.A e outro(s). O número do processo no Tribunal de Justiça é 2005.001.038412-0.

Satisfeito com a valorização, Romário teve um Natal feliz. No Vasco, recebe em torno de R$ 150 mil, entre acordo extra-judicial e pensão alimentícia dos filhos. No Fluminense, se for equiparado a Petkovic, receberia no mínimo R$ 300 mil. Sem atrasos. E ainda pode levar para as Laranjeiras o parceiro Renato Gaúcho, que já teria sido sondado. Pelo visto, a fritura de Ivo começou bem antes de a bola rolar.

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