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Tricampeão mundial de vôlei ao lado da seleção brasileira, o médico paranaense Álvaro Chamecki revelou que a competição que terminou no último domingo (10) com vitória sobre Cuba, em Roma, na Itália, foi uma das mais complicadas de sua carreira. Em entrevista à Rádio CBN nesta quarta-feira (13), Chamecki, que também carrega medalhas das conquistas de 2002, na Argentina, e de 2006, no Japão, falou sobre as dificuldades enfrentadas no torneio.

"Na verdade, dos três Mundais, foi o que mais tive trabalho", disse. "Teve o caso do Marlon, que teve uma inflamação no intestino e até foge da minha área, já que sou ortopedista. Tivemos que levá-lo a vários hospitais, vários colegas na Itália. Acabou tudo correndo bem. Estava para ser cortado e pôde jogar na terceira fase, semifinal e final", explicou o médico, que também teve de tratar um entorse no tornozelo do ponta Murilo, na decisão, e um trauma no pé do levantador Bruninho, que ficou de fora do duelo contra os italianos.

"Mas no final tudo isso acaba engrandecendo, recompensando. A gente vê que conseguiu levar os jogadores da melhor maneira possível e chegar ao tricampeonato mundial", complementou.

Envolto em muitas polêmicas, o triunfo na Itália, segundo Chamecki, só foi possível por causa da união do grupo.

"Pela experiência de outros campeonatos, a gente viu todas as dificuldades passadas por lá. Os italianos fazendo uma tabela completamente favorecedora, fazendo um monte de picuinhas durante o campeonato. Íamos treinar na academia eles suspendiam o treino. A comida era diferente, a gente tinha que reclamar. Isso foi fortalecendo cada vez mais", afirmou.

De contrato renovado até os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, na Inglaterra, o médico também comentou a participação do paranaense Giba, eleito o melhor jogador há quatro anos, mas que foi reserva na conquista do tri.

"Ele está jogando em altíssimo nível, treinando muito bem, mas, por acaso, o Murilo e o Dante, que jogam na mesma posição (ponteiros), estão em fase excepcional", opinou. "No momento em que se precisasse dele, com certeza daria conta", emendou, lembrando do importante papel do curitibano fora das quadras, como capitão do time, e na motivação dos companheiros.

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