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Inevitável lembrar da última Copa do Brasil que o Coritiba perdeu para o Vasco. A memória do jogo remete a torcida a uma excessiva cautela do Alviverde naquela decisão. Foi uma perda chorada pelos méritos que o time paranaense acumulou até aquele momento da temporada. Restou a desculpa dos perdedores "o futebol é assim mesmo".

Hoje tem início mais uma série de dois jogos para definir quem ganha o torneio brasileiro com o maior número de clubes, logo, de mais ampla abrangência. O jogo contra o Palmeiras será em Barueri. O adversário tem apenas uma vitória no Campeonato Brasileiro, competição que também não concede ao Coritiba o direito de ser considerado favorito, mas na qual tem melhor campanha do que o atual rival.

Os nossos paranaenses estão em nível superior.

A equipe de Luiz Felipe Scolari tem se desdobrado para aplacar as contrariedades constantes dos palmeirenses. Vive mais das bolas paradas milimétricas de Marcos Assunção, motivo de preocupação para a defesa do time orientado por Marcelo Oliveira. Hoje o Alviverde tem maior expe­­riência acumulada. Não tem a mesma formação do ano passado, mas conta com jogadores que assimilaram bem o que pretende o treinador de tantas vitórias.

Deve ser um jogo sem facilidade para ambos. Acredito na capacidade coritibana. Admito como normal uma vitória diante dos paulistas. Será um jogo de superação. O vencedor será aquele que melhor encarnar o espírito guerreiro de dois clubes de bela história no âmbito do futebol brasileiro e que buscam o caminho para voltar ao elenco de disputantes da Libertadores. Força, Coritiba!

Paraná vivo

Não é possível desprezar a reconquista do lugar perdido no ano passado. Voltar à Primeira Divisão do futebol paranaense, com magnífica facilidade, é consequência de uma obra planejada e executada com competência. Aos pessimistas que desdenham o que conseguiu o Tricolor, é oportuno lembrar que o clube foi compelido a disputar, simultaneamente, três competições oficiais:

Série Prata, Copa do Brasil e a Série B do Brasileiro. Em nenhuma das disputas o Paraná decepcionou. Ganhou antecipadamente a Série Prata local sem perder nenhum jogo. Caminhou bem na Copa do Brasil e no Brasileiro está perto do G4, à frente do Atlético.

O Paraná foi perfeito ao apostar na juventude, na personalidade e nos conhecimentos de Ricardinho, de jogador a treinador num sopro de coragem e visão para resgatar um ícone da história paranista. Com a bagagem e a formação humana do consagrado ex-jogador, foi menos difícil para tocar o íntimo de uma torcida que estava envergonhada pelos desacertos últimos. Confiar no futuro é possível e necessário. O gesto impensado e injusto de torcedores rebelados não deve ser considerado. Esses torcedores também fazem parte do processo de recuperação. Querem mais e estão certos. Por mais humilde que seja, a vitória sempre deve ser festejada por ser a chama que ilumina o futuro.

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