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Schumacher de volta à Fórmula 1: aos 41 anos, alemão garante que voltou para vencer novamente | Patrick Hertzog / AFP
Schumacher de volta à Fórmula 1: aos 41 anos, alemão garante que voltou para vencer novamente| Foto: Patrick Hertzog / AFP

A partir das 9 horas desta sexta-feira (horário de Brasília), no Circuito de Sakhir, no Bahrein, um espetacular e imprevisível confronto entre duas gerações de grandes talentos terá início na Fórmula 1. De um lado, o maior campeão de todos os tempos, um Michael Schumacher de 41 anos, mas ainda disposto a engrossar a lista de títulos que já conta com sete conquistas mundiais. Do outro, um time de pilotos jovens, experientes e com vontade de vencer. Três, inclusive, já detentores de títulos: o espanhol bicampeão Fernando Alonso, 28 anos, o britânico Lewis Hamilton, 25 anos, e Jenson Button, 30 anos.Sem contar Felipe Massa, que completa 28 anos em abril e que após o vice de 2008 e do acidente que o impossibilitou de seguir na disputa em 2009 chega a 2010 disposto a colocar o Brasil novamente no lugar mais alto do pódio.

O retorno de Schumacher pode ser considerado um ato de gratidão à Mercedes-Benz, que retorna à categoria após adquirir a Brawn, campeã de construtores e pilotos em 2009. Já em outubro de 1995, poucos dias depois de conquistar o bicampeonato mundial pela Benetton no Circuito de Suzuka, no Japão, um Schumacher ainda novo sentenciou seu futuro. "Um dia vou agradecer a Mercedes, só não sei quando. Devo a eles o fato de hoje poder comemorar dois títulos mundiais", disse Schumi na oportunidade, prometendo recompensar a montadora alemã pelo apoio financeiro que recebeu no começo da carreira.

E em agosto do ano passado, durante a disputa do GP da Europa, em Valência, na Espanha, o piloto deu o primeiro sinal de que estava disposto a voltar à F1 após ter declarado a aposentadoria em 2006. "Hoje vejo que parei um pouco cedo demais. Para aquele momento (fim da temporada de 2006), o que desejava era isso mesmo, deixar a Fórmula 1, por não ter vida pessoal há tempos", comentou em uma conversa informal com a imprensa brasileira. Ao ser questionado se pensava em retornar após três anos parado, o alemão deixou a coisa no ar: "Quem sabe..."

Mas dois dias antes do Natal do ano passado o que era possibilidade virou fato e a Mercedes anunciou a volta de Michael Schumacher à competição. Dessa forma, o piloto uniu o desejo de retornar à Fórmula 1 com a dívida de gratidão com a montadora alemã.

Causas impossíveis

E o que a Fórmula 1 ganha com a volta de um piloto como Schumacher? Para começar, alguém que vença o campeonato sete vezes é, por si só, uma grande atração. Quem teve a oportunidade de acompanhar a trajetória desse notável alemão nas suas 15 temporadas na categoria – de 1991 ao final de 2006, em 250 GPs – guarda para si uma característica em especial: o piloto das causas impossíveis.

Ross Brawn, o eterno diretor-técnico de suas equipes – Benetton, Ferrari e agora na Mercedes –, costuma dizer que há coisas que só Schumacher é capaz de fazer nas pistas. "Certa vez, disse a Michael pelo rádio que para sair dos boxes à frente de Kimi Raikkonen ele precisaria abrir 19 segundos de vantagem em 23 voltas. Não vejo ninguém, além dele, capaz de fazer isso", ressalta Brawn.

Para os pilotos mais jovens e que até já venceram Schumacher, como o espanhol Fernando Alonso, campeão do mundo em 2005 e 2006 pela Renault, o maior de todos os tempos está de volta a uma F1 bastante diferente. "Ele vai enfrentar dificuldades muito maiores das que estava acostumado. Hoje há uma geração de jovens e talentosos pilotos, já campeões do mundo ou com importantes vitórias. E todos terão que assumir riscos", disse Alonso.

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