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Sebastian Vettel comemora com integrantes da equipe a vitória mais tranquila das seis que já conquistou na atual temporada da Fórmula 1 | Francisco Bonilla / Reuters
Sebastian Vettel comemora com integrantes da equipe a vitória mais tranquila das seis que já conquistou na atual temporada da Fórmula 1| Foto: Francisco Bonilla / Reuters

Alonso supera Webber, mas vê Red Bull inalcançável

Bem poucos pilotos são capazes, hoje, na base da competência, de deixar para trás o alemão Sebastian Vettel ou o australiano Mark Webber, a dupla da Red Bull, em razão da supereficiência do modelo RB7-Renault da equipe austríaca. Pois Fernando Alonso, da Ferrari, é. "O pódio era o meu objetivo aqui em Valência, diante da minha torcida", disse o espanhol, muito feliz com o segundo lugar. "Falta o troféu do pódio em Abu Dhabi para completar pódios em todas as etapas", disse. Contente com o crescimento da equipe, ele só lamentou a distância em relação ao carro da Red Bull. "Falta ganharmos uma corrida, mas ainda somos 8 décimos de segundo mais lentos que a Red Bull e não é possível", constatou. Felipe Massa, seu companheiro, resumiu a chance de título. "O Vettel tem de aprontar muita coisa para não ser campeão."

Última cartada anti-Red Bull será usada na Inglaterra

Os dirigentes da Fórmula 1 jogam uma última cartada no GP da Grã-Bretanha, no próximo dia 10, para tentar estender a definição do título um pouco mais para a frente no calendário: o chamado escapamento aerodinâmico, recurso que a Red Bull melhor desfruta em relação aos adversários, será proibido. "Houve muitas conversas neste fim de semana quanto ao mesmo ajuste eletrônico do motor para a classificação e a corrida e vimos hoje [ontem] que, como havia dito, não mudou nada, o resultado foi o de sempre", afirmou Sebastian Vettel, desdenhando da iniciativa dos responsáveis pela Fórmula 1 de rever o regulamento. "Em Silverstone não será diferente porque todos vão se ressentir da medida, não apenas nós." (AE)

Valência - A mudança do regulamento, ou sua "releitura" como insiste em dizer a FIA, não foi capaz de parar a série avassaladora de conquistas de Sebastian Vettel, da Red Bull. É provável que a entidade esperasse, ao rever as regras, que o alemão ao menos enfrentasse maior resistência para obter a sua sexta vitória em oito etapas, ontem, no GP da Europa, em Valência, na Espanha. Ficaram a ver navios.

Os dirigentes gostariam também que o atual campeão do mundo não abrisse assustadores 77 pontos de vantagem para o companheiro de equipe, o australiano Mark Webber, terceiro neste domingo, e para o inglês Jenson Button, da McLaren, o sexto colocado, ambos empatados com 109 pontos diante de 186 de Vettel. Com um trabalho fantástico, o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, terminou em segundo lugar.

"Corri contra mim mesmo", disse Vettel, com a simplicidade que o caracteriza. A etapa de Valência, disputada sob calor intenso e público de 85 mil entusiasmados torcedores, foi a menos emocionante da temporada até agora. A não ser pelo talento de Alonso, que, mesmo dispondo de um carro inferior ao da Red Bull, superou Webber, o GP da Europa não teve disputas espetaculares co­­mo nas sete corridas realizadas antes neste ano. "Consegui manter sempre uma diferença de 1,5 a 2 segundos para Mark ou Fernando, na maior parte do tempo", explicou Vettel.

Com a maturidade de quem já foi campeão associada ao refinamento do modelo da Red Bull, comparado ao do ano passado, Vettel atingiu outro patamar da pilotagem. Webber não o segue mais de perto. Os 77 pontos de diferença entre ambos refletem essa realidade. A luta entre ambos seria a única que poderia esquentar a concorrência pelo título.

"Não", foi a resposta seca de Vettel, ontem, para a questão se pensava no bicampeonato. "No ano passado as coisas vinham muito bem, da mesma forma, e de repente começaram a dar errado, não apenas por erros", lembrou. De fato, quem se apresentou com maiores possibilidades de ser campeão na etapa de encerramento, em Abu Dhabi, foi Alonso. Mas o alemão ficou com o título.

Na rádio Montecarlo, Flavio Briatore, ex-diretor da Benetton e Renault, ambas campeãs na sua administração, deu risada ao falar da competição. "Sebastian pode ficar em casa três corridas, ver Mark ou Jenson ganharem em Silverstone, Nurburgring e em Budapeste e ainda voltar para Spa como líder do campeonato".

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