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O modelo atual da Lotus,  conduzido pelo piloto italiano Jarno Trulli | Albert Gea / Reuters
O modelo atual da Lotus, conduzido pelo piloto italiano Jarno Trulli| Foto: Albert Gea / Reuters

O heptcampeão mundial Michael Schumacher não é o único retorno de peso à Fórmula 1 em 2010. Duas equipes que fizeram história na categoria também voltam às pistas no dia 14, na estreia da disputa no Bahrein, mas em situações bem diferentes. Enquanto a Mercedes retorna disposta a brigar pelo título com o próprio Schumi e outro alemão talentoso, Nico Rosberg, a Lotus, com a experiente dupla formada pelo italiano Jarno Trulli e o finlandês Heikki Kovalainen, está longe de ser a equipe arrojada e inovadora que marcou sua trajetória ao longo da Fórmula 1.

O retorno da Mercedes como equipe vai na contramão da tendência das grandes montadoras de abandonar a categoria. Do ano passado para cá, BMW e Toyota deixaram a F1 e a Renault vendeu 75% da sua equipe para um grupo de investimentos de Luxemburgo. Os alemães, no entanto, não só continuaram no grid como desfizeram uma parceria de anos com a Mclaren para remontar a sua própria equipe. O objetivo é repetir o sucesso do passado – a Mercedes correu na Fórmula 1 entre 1954 e 1955, conquistando dois títulos de pilotos com o argentino Juan Manuel Fangio e somando 12 vitórias.

A escolha para a volta não poderia ser mais propícia. Para não começar um trabalho do zero, os alemães compraram a Brawn, campeã mundial de construtores e pilotos no ano passado. E não pararam por aí: ainda tiraram da aposentadoria o maior vencedor da categoria, Michael Schumacher. Ele formará com Nico Rosberg uma das duplas mais fortes do grid. No comando do time está o estrategista Ross Brawn, considerado até pela concorrência como o melhor chefe de equipe da atualidade. Brawn, por sinal, não tem pudor em admitir que as expectativas da Mercedes são altas e incluem a luta por vitórias e títulos.

Metas bem mais modestas tem a Lotus, dona de sete campeonatos de construtores e seis de pilotos. Entre as últimas colocadas nos testes da pré-temporada da categoria, a escuderia volta depois de 16 anos afastada da Fórmula 1 (correu entre 1958 e 1994) tentando resgatar o espírito de quem já foi sinônimo de inovação graças aos carros revolucionários construídos por seu fundador, Colin Chapman.

Da antiga Lotus, no entanto, sobrou apenas o nome. Ao contrário da Mercedes, o novo dono da equipe, o empresário malaio Tony Fernandes, optou por começar um projeto do zero. Por isso o caminho para a Lotus, que já revelou pilotos como Jim Clark, Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna, voltar a ser grande é longo e planejado com cautela. O objetivo para o ano de reestreia, segundo Fernandes, passa longe das vitórias e pódios. O objetivo inicial é terminar corridas e, depois, chegar à zona de pontuação com alguma frequência.

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