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As equipes de Fórmula 1 seguiram para a China nesta segunda-feira (9) ainda sem saber se a viagem de volta os levaria para o conturbado Bahrein para o grande prêmio seguinte, em meio a temores de segurança e pedidos cada vez maiores para que a corrida seja cancelada.

Fontes das equipes dizem que algumas escuderias tinham se garantido, encaminhando funcionários para voos de retorno via Abu Dhabi, Dubai ou Omã, com reservas alternativas para a última etapa da viagem de volta partindo de Xangai. Isso lhes permitiria evitar o Bahrein se a corrida fosse cancelada.

Outros disseram que esperam que a corrida no Bahrein, onde os protestos contra a família no poder vêm ocorrendo quase que diariamente com ativistas pedindo o cancelamento do GP de F1, aconteça como previsto e estavam se planejando de acordo com isso.

"Nós estamos indo e é isso", disse um membro de uma equipe. "Se a corrida for cancelada, nós vamos lidar com isso."

Uma reportagem do jornal Times disse que algumas equipes tinham dado a "centenas de engenheiros, mecânicos e equipes de alimentação" dois tipos de passagens aéreas - uma sendo um simples retorno da China e outro de volta via Barein.

"Talvez algumas equipes possam pagar isso, mas não é algo que estamos fazendo", disse um membro de uma das equipes menos ricas, enquanto esperava no aeroporto londrino de Heathrow para um voo. "Nós definitivamente não temos esse tipo de dinheiro", acrescentou.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o chefe comercial da F1 Bernie Ecclestone e os organizadores do GP do Bahrein disseram que a corrida de 22 de abril está mantida.

Equipes britânicas também têm sido favoráveis, pelo menos em público e apesar das dúvidas evidentes. "Eu me sinto muito desconfortável em ir para o Barein", disse um chefe de equipe ao jornal The Guardian nesta segunda-feira, sem ser identificado.

Um porta-voz da FIA disse à Reuters no fim de semana de Páscoa que a organização sediada em Paris estava "constantemente monitorando e avaliando a situação" e mantendo contato diário com as embaixadas estrangeiras e as autoridades no Barein.

O Bahrein vem sofrendo com agitações civis desde uma revolta em fevereiro do ano passado e a situação se tornou mais tensa nas últimas semanas em meio à aproximação da data da corrida e com a deterioração da saúde de um ativista preso em greve de fome.

O presidente da FIA, Jean Todt, é esperado na China, assim como Ecclestone, e há probabilidade de haver uma série de reuniões no paddock de Xangai - possivelmente até a manhã de domingo.

No ano passado, O GP do Bahrein foi repetidamente reagendado e acabou sendo relutantemente cancelado pelos organizadores devido à violência no país.

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