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Sebastian Vettel conduz a sua Red Bull no belíssimo cenário de Mônaco. Ele venceu pela primeira vez a tradicional corrida e abriu imensa vantagem para os concorrentes na classificação do Mundial | Boris Horvat / AFP
Sebastian Vettel conduz a sua Red Bull no belíssimo cenário de Mônaco. Ele venceu pela primeira vez a tradicional corrida e abriu imensa vantagem para os concorrentes na classificação do Mundial| Foto: Boris Horvat / AFP

Polêmica

Hamilton irrita adversários

De um lado, o inglês Lewis Hamilton, da McLaren. Do outro, o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, e o venezuelano Pastor Maldonado, da Williams.

Na 33ª volta da corrida, de um total de 78, Hamilton tocou de lado em Massa. "Ele veio para cima onde não havia espaço, bateu em mim, e eu com a asa dianteira no Webber. Quando chegamos no túnel, não consegui fazer a curva, mas por causa do que aconteceu antes", disse Massa.

Para o piloto da Ferrari, não há o que discutir: "Ele tem de ser punido. E fortemente, senão nunca vai aprender". Pelo terceiro GP seguido, Massa não marcou pontos.

Hamilton também atacou duramente os colegas e os comissários. Seu discurso depois da prova foi contundente. "Em seis etapas, fui convocado para me explicar em cinco, é ridículo". Ao lhe perguntarem a razão, falou: "Não sei, talvez por seu ser negro".

Hamilton correrá no Canadá, em duas semanas, como se já tivesse recebido um cartão amarelo. O inglês campeão do mundo de 2008 negou qualquer responsabilidade no acidente com Massa, pelo qual foi punido com uma passagem obrigatória pelos boxes, e no que gerou o abandono de Maldonado, a quatro voltas da bandeirada – quando o venezuelano ocupava o sexto lugar, em seu melhor desempenho na F1. O companheiro de equipe, Rubens Barrichello, chegou em nono e marcou os dois primeiros pontos da Williams no ano.

Maldonado comentou: "Hamilton foi otimista demais em querer me passar daquela forma". Por causa disso, o piloto da McLaren recebeu 20 segundos de acréscimo ao seu tempo final, mas não perdeu nenhuma posição. Ficou em sexto. (AE)

Se as duas próximas etapas do Mundial – Montreal, no dia 12, e Valência, no dia 26 – forem tão espetaculares quanto o GP de Mô­­naco, ontem, afinal também serão disputadas em circuitos de rua e com o mesmo tipo de pneus, a au­­diência da Fórmula 1 vai crescer. Não faltou no Principado um único ingrediente dos que tornam uma corrida sensacional. O alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, venceu a quinta de seis etapas, mas o espanhol Fernando Alonso, da Fer­­rari, segundo colocado, e o in­­glês Jenson Button, da McLaren, terceiro, valorizaram a conquista.

Vettel optou por um único pit stop, na 16.ª volta de um total de 78. O desafio era enorme: completar 62 voltas com um único jogo de pneus, tendo em conta que a Pirelli produz compostos de elevada degradação para ocasionar mais emoção. "Não foi fácil. Fernando e Jenson atrás de mim e meus pneus acabando. Mas penso que seria muito difícil eles me ultrapassarem", comentou Vettel, cada vez mais maduro e líder do Mundial, agora com impressionantes 58 pontos de vantagem sobre o inglês Lewis Hamilton, da McLaren, sexto ontem – sob pesadas acusações dos colegas (leia ao lado).

Para Alonso, a paralisação da prova, a sete voltas do fim, por causa de um acidente entre o russo Vitaly Pe­­trov, da Lotus Renault, o espanhol Jaime Alguersuari, da Toro Rosso, e o alemão Adrian Sutil, da Force In­­dia, o impediu de ganhar. "Sebastian já não tinha pneus, poderiam acabar a qualquer momento, eu era bem mais rápido, o passaria". Sentado ao seu lado na entrevista, Vettel contestou: "Eu não tinha dificuldades para me manter na frente. Se ele me ultrapassaria? Dependeria do risco que desejasse correr", falou o alemão.

As estratégias eram distintas. Alonso parou duas vezes. Button, o terceiro, a menos de um segundo dos dois, fez três pit stops. "Era dia de conseguir mais", afirmou o inglês. Como Alonso, ele pensa que poderia passar Vettel por causa dos pneus.

Quando os pilotos pararam seus carros ao fim da 71.ª volta, para aguardar a relargada, os mecânicos puderam intervir e, claro, a primeira providência foi substituir os pneus de Vettel. A situação levou a questionamentos sobre se o regulamento é justo. Afinal, as sete voltas finais iriam expor o confronto entre as três estratégias e a habilidade dos três pilotos. "Sim, as circunstâncias me favoreceram", reconheceu o alemão, comemorando a primeira vitória da carreira em Mônaco.

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