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Felipe Massa deixa para trás a Toro Rosso de Sebastien Buemi: boa largada deu impulso à reação do brasileiro, que ganhou sete posições já na primeira volta na Malásia | Saeed Khan/AFP
Felipe Massa deixa para trás a Toro Rosso de Sebastien Buemi: boa largada deu impulso à reação do brasileiro, que ganhou sete posições já na primeira volta na Malásia| Foto: Saeed Khan/AFP

Arrancada

Piloto passou sete na 1ª volta

A escalada de Felipe Massa da 21ª colocação no grid para 7º na bandeirada e assumir a liderança do campeonato com a Ferrari foi marcante. Sua primeira volta mostrou-se decisiva para a conquista: ganhou sete posições. "Larguei bem, realizei várias ultrapassagens", disse. Mas já a essa altura sentiu que a escolha dos pneus duros em detrimento dos moles na largada se mostrou equivocada.

"Os pneus duros não me davam aderência para tentar a ultrapassagem", explicou o brasileiro, que, com esses compostos, passou a primeira parte da corrida preso atrás de Sebastien Buemi. "Com os pneus macios passei a dispor de outro carro, muito mais rápido", acrescentou.

Alonso, que havia o ultrapassado quando Felipe parou, fez seu pit stop na 36ª volta e ficou em nono. Massa, em oitavo, lutou curva a curva com Jenson Button, da McLaren, pela sétima colocação.

"Só consegui passá-lo porque ele cometeu um pequeno erro, não tracionou bem na curva que antecede a reta, colei nele e no fim da reta passei. A McLaren é o carro mais rápido de reta", comentou.

  • Veja resultado do GP da Malásia e a classificação do Campeonato Mundial

Antes de o campeonato começar, o nome de Felipe Massa não aparecia em nenhuma lista de candidato ao título, exceto no Brasil. É bem provável que agora, depois de assumir a liderança do Mundial, ontem, na Malásia, mui­tos ingleses, alemães e principalmente espanhóis tenham de rever suas previsões e valorizá-lo um pouco mais.

Massa largou em 21.º no circuito de Sepang, por errar com a Ferrari no treino de classificação, sábado, e recebeu a bandeira­da num excelente sétimo lugar. A dupla da Red Bull confirmou, finalmente, a superioridade da equipe nesse momento: Sebas­tian Vettel venceu com o companheiro, Mark Webber, em segundo, sem adversários para incomodá-los. Nico Rosberg, da Mer­cedes, ficou em terceiro.

Se Vettel e Webber passearam nas 56 voltas da corrida disputada surpreendentemente sem chuva, atrás deles a luta foi acirrada e emocionante.

A maturidade de Massa se ma­nifesta, hoje, dentro e fora das pistas. "Ser líder é bom, claro, mas as coisas mudam rápido na Fórmula 1, ainda mais com times e pilotos tão bons como concorrentes", disse. "A Red Bull tem o carro mais rápido da Fórmula 1."

E três das quatro próximas etapas da temporada serão em circuitos que, na teoria, favorecem bastante a maior eficiência aerodinâmica do carro de Vettel e Webber: o GP da China, dia 18; Espanha, dia 9 de maio, e Turquia, 30. A exceção é Mônaco, 16 de maio. "Temos de trabalhar muito. Precisamos fazer o F10 ser mais rápido, sem dúvida, e evitar problemas como o do (Fernando) Alonso, hoje."

O parceiro de Ferrari estava em nono quando quebrou o mo­tor.

Com o sétimo lugar e o abandono do espanhol, Massa chega a 39 pontos diante de 37 de Alonso, segundo, a mesma pontuação do perigoso Vettel, jovem competente e do melhor equipamento da Fórmula 1. Em 2008, Massa as­sumiu também a liderança de­pois de vencer o GP da França, oitava do calendário.

A disputa se mostra espetacular, por apresentar Jenson Bu­­tton, McLaren, e Nico Rosberg, Mer­cedes, em terceiro, com 35, e Lewis Hamilton, McLaren, sexto colocado e um dos melhores on­­­tem, na quarta posição do Mun­­dial, com 31 pontos.

Ao contrário dos rumores ir­­responsáveis que circularam nos últimos dias, de que Robert Ku­­bi­­ca, ótimo piloto da Renault, quar­­to na Malásia, poderia substituir Massa na Ferrari em 2011, as negociações para renovar seu contrato com os italianos estão avançadas e o anúncio não deve demorar. O tempo do compromisso dá o tom da confiança na Ferrari em Massa: três anos.

Apesar de líder do campeonato, a expressão de Massa não era das melhores depois da corrida. "Satisfeito, feliz da vida, não es­­tou. Se não fosse o problema na classificação, não digo que daria para vencer, mas chegar ao pó­­dio seria possível e eu somaria bem mais pontos."

Sábado ele e Alonso demoraram para entrar na pista, começou a chover e ambos não passaram da Q1, a primeira parte do treino. "Ago­ra é pensar o que fazer para ser mais veloz na China", disse o bra­sileiro. A ameaça da Red Bull à Ferrari na liderança do Mundial de Pilotos e Construtores é real.

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