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Um ano depois do grave acidente no GP da Hungria, o brasileiro Felipe Massa volta a esse circuito no próximo fim de semana dizendo ter muito a agradecer, ainda que esteja quase sem chances de ser campeão e tenha tido sua reputação abalada devido às ordens da equipe Ferrari no GP da Alemanha.

Massa se recuperou plenamente da lesão na testa que sofreu ao ser atingido por uma mola que se desprendeu do carro do compatriota Rubens Barrichello na prova de 2009. Ele disse que agora pretende agradecer pessoalmente a todos os que vieram ajudá-lo após o acidente.

"Meu primeiro encontro quando eu chegar ao circuito de Hungaroring será com todos os fiscais e a equipe médica que fizeram um trabalho tão bom em me tirar cuidadosamente do cockpit", disse ele ao site da Ferrari (www.ferrari.com). "Quero agradecer toda essa gente, com quem agora sinto um vínculo especial."

Se o corpo do piloto está curado, o lado psicológico sofreu um abalo que pode ser mais difícil de superar. Depois da polêmica ordem da Ferrari para que deixasse o colega Fernando Alonso ultrapassá-lo na corrida do último domingo, Massa terá de se conformar com o fato de ser o segundo piloto da equipe, repetindo o papel de Barrichello em relação a Michael Schumacher.

Depois do incidente de domingo, Massa foi criticado por ter aceitado a manipulação de modo tão dócil. "As pessoas agora vão vê-lo como o 'sim, senhor', que se curva à vontade da companhia", disse nesta semana o ex-piloto David Coulthard, ele próprio vítima de ordens desse tipo durante sua carreira. "Talvez eles estejam certos. Membro de uma equipe ou fantoche? O limite é tênue."

Mesmo se não contar com a ajuda do colega, Alonso tentará brilhar no circuito onde venceu pela primeira vez, em 2003 pela Renault, e onde foi pole position no ano passado. Já Massa nunca teve muita sorte em Hungaroring, embora goste de lá. Em 2008, ele estava a poucas voltas de uma vitória confortável quando o motor quebrou.

"Vencer é uma grande sensação, e esse foi o caso em Hockenheim", disse Alonso, sem fazer menção à polêmica da Alemanha. "A vitória não muda minha abordagem para o resto da temporada", acrescentou o bicampeão, que está 34 pontos atrás do líder do campeonato, Lewis Hamilton, da McLaren.

"Sabíamos bem antes de Hockenheim que nosso carro era muito mais competitivo, e foi isso que me deixou tão confiante. Agora temos de continuar nessa direção, a começar deste fim de semana em Budapeste."

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