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Sebastian Vettel não teve adversários na Malásia: segunda vitória em duas corridas | Roslan Rahman/ AFP
Sebastian Vettel não teve adversários na Malásia: segunda vitória em duas corridas| Foto: Roslan Rahman/ AFP

Os desafios na Fórmula 1 mudam com os novos pneus e as regras distintas, mas a competição permanece selecionando os mais competentes. Como o alemão Sebastian Vettel e sua equipe, a Red Bull, estão neste momento à frente da concorrência, o resultado não podia ser outro: com a vitória no GP da Malásia, ontem, a exemplo da conquista na Austrália, Vettel já impõe diferença preocupante aos adversários.

O inglês Jenson Button, da McLaren, segundo colocado na prova e no campeonato, está 24 pontos atrás (50 a 26). A verdadeira cara da Fórmula 1 neste ano foi exposta no circuito de Sepang: corridas com mais ultrapassagens, muitos pit stops (58), mas um tanto confusas de serem compreendidas. "Até por nós pilotos", segundo Button.

Aerofólios móveis e pneus que se degradam rapidamente fizeram com que as enormes diferenças nos tempos registradas na classificação pouco têm a ver com o que se passa nas corridas. O espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, foi um segundo mais lento que Vettel e o segundo colocado no grid, Lewis Hamilton, da McLaren, mas lutou com o inglês pelo terceiro lugar na 45.ª volta de um total de 56. Se tocaram, foram punidos com 20 segundos e se classificaram em sexto e oitavo, respectivamente.

Depois de Vettel e Button, Nick Heidfeld, da surpreendente Renault, completou o pódio, como já havia feito o companheiro, o russo Vitaly Petrov, em Melbourne. "Minha largada foi sensacional e decisiva", lembrou o alemão, que saltou do sexto para o segundo lugar.

Vencer o Mundial, no ano passado, trouxe serenidade a Vettel. Nas duas primeiras etapas do campeonato, agora, aproveitou-se brilhantemente da vantagem técnica do modelo RB7 da Red Bull e ganhou as duas, praticamente de ponta a ponta, depois de largar na pole position. Com os dois primeiros lugares nas duas últimas provas de 2010, Brasil e Abu Dabi, a vitória de ontem foi a quarta seguida de Vettel.

"Sabíamos que largar bem seria crucial, por isso decidimos usar o kers (sistema de recuperação de energia, capaz de disponibilizar 80 cavalos extra de potência a cada volta)", disse o alemão de 23 anos. "Depois, na corrida [na 29.ª volta], a equipe pediu que não mais o utilizasse", contou. "Ainda não está perfeito no nosso caso, mas foi fundamental na largada". Mas mesmo sem o recurso que lhe dava cerca de 4 décimos de segundo a menos no tempo de volta, Vettel pôde permanecer na liderança.

A razão principal é o comportamento dos pneus Pirelli, como deseja o promotor do show, Bernie Ecclestone. "Penso ter ficado claro aqui na Malásia que os pneus têm janelas [determinado número de voltas] onde apresentam certo desempenho e depois disso mudam bastante, em especial no calor intenso", explicou Steve Nielsen, diretor-esportivo da Renault. A maioria dos pilotos fez três pit stops, enquanto que o australiano Mark Webber, companheiro de Vettel, quarto colocado, prejudicado pela ausência do kers antes ainda da largada, optou por quatro, assim como Hamilton se viu obrigado a uma quarta parada.

"Hamilton estava bem perto de mim e, de repente, ele começou a perder contato", disse Vettel. O combativo piloto da McLaren chegou a ficar a três segundos de Vettel, em segundo, mas seus pneus acabaram. "Não tinha mais aderência", falou o inglês. "Creio que poderemos planejar nossas estratégias com um pouco mais de precisão a partir do que aprendemos hoje [ontem] aqui", afirmou Ross Brawn, diretor da Mercedes, decepção da prova, com o nono lugar de Michael Schumacher e a 12.ª colocação de Nico Rosberg.

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