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Ricardo Zonta elogiou a estrutura da Toyota, mas acredita que forma de gestão pode ter prejudicado o crescimento da escuderia japonesa | Valterci Santos / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Ricardo Zonta elogiou a estrutura da Toyota, mas acredita que forma de gestão pode ter prejudicado o crescimento da escuderia japonesa| Foto: Valterci Santos / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Piloto da equipe por quatro temporadas, o paranaense Ricardo Zonta não ficou surpreso com o anúncio do fim da participação da Toyota na Fórmula 1. Segundo ele, os altos investimentos da montadora japonesa na categoria eram para fazer o carro e pilotos vencedores em 2006. "Eles investiram pesado na Fórmula 1. Tinham muito claro que só o título mundial interessava. Quando eu estava lá, o plano conseguir vitórias. Conseguiram alguns pódios naquela época, mas estavam longe do que foi projeto a partir de 2002, quando a equipe estreou. Faltou o título, e isso para os japoneses é essencial. Outro resultado não vale para eles", afirmou Zonta, que foi titular da Toyota na temporada 2004 e parte de 2005, em entrevista à Gazeta do Povo.

Com passagens por McLaren, Renault - piloto de testes - e BAR-Honda, o paranaense considerava a Toyota a equipe com a melhor estrutura em que já trabalhou na F-1. Para ele, os japoneses tinham como principio o respeito aos funcionários da escuderia. "Era muito bom de trabalhar, pois a havia respeito e muito conhecimento lá dentro. Foi a melhor fase da minha carreira", recorda Zonta, que atualmente disputa a Grand AM Series, categoria de carros de turismo dos Estados Unidos, e a Stock Car Brasil.

De acordo com o piloto, uma das possíveis causas para o insucesso da Toyota na F-1 é forma de comando da equipe japonesa. "A sede da equipe ficava na Alemanha(em Colônia), mas as ordens vinham do Japão. Isso atrapalhava um pouco e pode ter prejudicado o crescimento da equipe", explica.

Com o abandono, a Fórmula 1 possivelmente continuará com as 13 equipes previstas para 2010, já que a Sauber - usando o espólio da BMW - estava em uma lista de espera. A categoria também tem dois novos pilotos desempregados no mercado: o italiano Jarno Trulli e o japonês Kamui Kobayashi agora terão de buscar outros caminhos para suas carreiras.

Ao abandonar o projeto na Fórmula 1, a Toyota segue os passos de sua maior concorrente, a Honda, que desistiu do Mundial em dezembro de 2008. A BMW, também afetada pela crise e sem os resultados esperados nas pistas, foi outra fabricante que deixou a categoria ao longo dos últimos 12 meses.

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