• Carregando...

Ele não vinha para o Brasil desde março, quando ainda se preparava para começar o maior desafio de sua carreira. Com a folga de três semanas no calendário da Fórmula 1, Bruno Senna aproveitou para visitar o país. Nesta segunda-feira (9), o piloto da Hispania reuniu a imprensa em São Paulo e fez um balanço da sua primeira temporada até aqui. Apesar das dificuldades, o brasileiro acredita estar deixando uma boa imagem na categoria em sua estreia. Com contrato até o fim do ano, ele está certo de que vai continuar no grid, mesmo que seja em outra equipe. A confiança é tanta que ele não pensa em outra alternativa para o futuro.

"Eu vou vender coco na praia (risos). De verdade, eu espero que a chance de continuar seja 100%. Mas, infelizmente, é impossível dizer. Antes da temporada de 2009, a Honda parecia ser uma chance boa de correr, mas acabou não acontecendo. Previsão não funciona na Fórmula 1. A única coisa que funciona é contrato assinado. A gente sempre conversa, mas não tem nada oficial. Estamos vendo".

Apesar da confiança na permanência, Bruno sabe que não há garantias, mesmo na Hispania, que passa por graves problemas financeiros. O piloto acredita que, no entanto, logo confirmará seu lugar no grid em 2011.

"Poucas equipes têm garantias de que vão estar no grid em 2011. A F-1 está num momento que não é fácil, por mais que eu gostaria.Não é tão simples assim, mas eles (chefes da Hispania) estão planejando. Seria ótimo se eu pudesse simplesmente escolher a equipe. Meu objetivo é ficar por vários anos, não só agora. Mas tenho que trabalhar para procurar garantias de que eu vou estar na F-1 no ano que vem, seja nessa equipe ou em outra. Mas vai depender de muitas variáveis".

Bruno Senna reconheceu que não tem tido uma vida fácil em sua temporada de estreia. As dificuldades financeiras da Hispania, que fizeram com que o piloto perdesse o GP da Inglaterra por uma vaga comprada pelo japonês Sakon Yamamoto, tornam ainda mais complicado seu trabalho na pista.

"A restrição financeira causa mais dificuldade em termos de desenvolvimento do carro. A equipe tem condição financeira de manter a equipe rodando até o fim do ano. Mas não é que nem a RBR, que tem coisas para testar toda corrida. A gente tem menos frequência de atualizações, e, na F-1, você tem que ter desenvolvimento constante".

Apesar dos problemas, o piloto diz que seu trabalho vem sendo reconhecido, dentro e fora da equipe. Bruno acredita que tem mostrado um bom desempenho, apesar do carro ruim.

"As pessoas estão olhando, sabem se você está indo bem, apesar dos problemas do carro. A diferença geralmente é na comparação com o companheiro. Mas em muitas coisas é possível ultrapassar o potencial e mostrar serviço. É um desafio bem grande estar sempre acima do limite do carro. Sei que tem gente que esta prestando atenção."

O brasileiro afirmou que sabia das dificuldades que teria em seu ano de estreia na categoria quando assinou o contrato com a Hispania. Ainda assim, reafirmou que tem mostrado seu talento.

"Claro que desde o começo a gente sabia do risco de assinar com uma equipe nova. Não tem estrutura, não sabe como funciona. Mas mudou essencialmente de onde ela (Hispania) estava quando a gente assinou o contrato até o começo da temporada, e felizmente a gente fez um contrato que era bom. Não tem como prever, mas com a experiência que tivemos durante esses anos no automobilismo, fazer um contrato que contorne as situações complicadas que aparecem. Mas não tem isso de decepção. Tenho que aceitar as dificuldades. É um ano de oportunidade. É mais difícil entrar. Por mais que não tenha um carro competitivo, estou lá dentro. Estou aproveitando a oportunidade."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]