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Felipe Massa não poupou de críticas a Confederação Brasileira de Automobilismo | Ferrari
Felipe Massa não poupou de críticas a Confederação Brasileira de Automobilismo| Foto: Ferrari

Pela primeira vez desde 1978 - com Emerson Fittipaldi - , o Brasil começa a temporada da Fórmula 1 com um único piloto na disputa: Felipe Massa. E, para ele, o cenário é reflexo da crise que atinge o automobilismo brasileiro.

Luiz Razia também iria disputar a temporada 2013, mas acabou perdendo o lugar na equipe Marussia para o francês Jules Bianchi por ter ficado sem os patrocinadores.

Em entrevista coletiva neste sábado (9) no Rio, onde participará de evento promocional neste domingo, com direito a uma volta com a sua Ferrari pelo Aterro do Flamengo, Massa fez um diagnóstico dos problemas que afetam o esporte no país.

"O automobilismo brasileiro passa por um problema sério. A mentalidade tem de mudar. Até tentei ajudar e criei uma categoria escola que, infelizmente, não deu certo", disse Massa, citando a Fórmula Futuro, que teve apenas dois anos de vida.

O piloto da Ferrari criticou a direção da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), dizendo que falta investimento na formação de novos pilotos. Ele contou que não vislumbra nenhum jovem que possa surgir num futuro próximo e chegar à Fórmula 1.

"Antigamente, em cada categoria você tinha um piloto brasileiro correndo, por todo lugar. Hoje é difícil achar um único brasileiro. Isso tem a ver com a CBA. Tem muito trabalho a fazer pelo automobilismo brasileiro", avaliou.

Massa também citou a destruição do autódromo do Rio, para a construção do Parque Olímpico dos Jogos de 2016, como outro sinal da crise do automobilismo nacional. "É muito triste o que aconteceu com o autódromo do Rio. Na minha opinião, isso foi uma tremenda besteira [acabar com Jacarepaguá]. Espero que possamos construir uma outra pista", afirmou o piloto - existe a promessa do governo local de construir um novo autódromo no bairro de Deodoro.

Sem outro brasileiro no grid da F1, Massa admitiu que irá se sentir "um pouco sozinho" nesta nova temporada, que começa no dia 17 de março, com o GP da Austrália. "Espero o máximo possível levantar a bandeira do meu país", disse o piloto, que tem contrato com a Ferrari até o final do ano.

Para isso, ele mostra confiança no novo carro. "A gente tem um potencial grande. O carro deste ano é mais estável e mais fácil de pilotar", contou Massa, que, no entanto, disse que ainda é preciso esperar para ver na pista de Melbourne, durante o GP da Austrália, o verdadeiro equilíbrio de forças da F1 em 2013.

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