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Bruno Senna, estreando na Williams, prevê início empolgante na Austrália: “O negócio vai estar quente” | Paul Crock/ AFP
Bruno Senna, estreando na Williams, prevê início empolgante na Austrália: “O negócio vai estar quente”| Foto: Paul Crock/ AFP

Ex-decano da categoria, Rubinho prevê "um vazio"

Folhapress

Distante de Melbourne e ainda sem disputar provas da Indy – o campeonato americano começará dia 25 de março –, Rubens Barrichello disse não poder negar o vazio que sentirá quando assistir ao GP da Austrália de F1, etapa de abertura da temporada.

O recordista de GPs fez 19 tem­­poradas na F1 desde 1993 e, neste ano, como não conseguiu se manter na Williams, estreará na Indy pela KV como companheiro de seu amigo Tony Ka­­na­­an e do venezuelano Ernesto Vi­­so.

Barrichello participou ontem de um evento de seu patrocinador em Osasco (Grande São Paulo), pouco antes da abertura dos boxes para o primeiro treino na Austrália, e afirmou: "Por mais feliz que eu esteja com toda a minha situação – essa é a realidade –, não tenha dúvida de que, quando eu vir os carros saindo às 3 horas da manhã, vai dar um vazio".

O piloto, que na semana passada testou no circuito de Se­­bring, afirmou estar satisfeito com o que conseguiu nos trabalhos. "Estou me acostumando com o carro e conhecendo as pistas. É uma fase nova da minha carreira, e está indo bem", declarou Barrichello, terceiro colocado no dia final de testes.

Disputa

Vettel assume favoritismo

Folhapress

Nem o carisma nem o sorriso fácil de Sebastian Vettel ajudam. Mais jovem bicampeão da F1, o piloto da Red Bull inicia o Mundial de 2012 com o status de inimigo número 1 da categoria.

O motivo é simples. Após dominar a temporada passada com extrema facilidade, sair na pole em 15 das 19 etapas e vencer 11 corridas, Vettel é novamente favorito.

Mais maduro, experiente e seguro de suas capacidades, o alemão tem tudo para entrar para a história como o terceiro piloto a conquistar três campeonatos consecutivos, algo que apenas Juan Manuel Fangio (1954 a 1957) e Michael Schumacher (2000 a 2004) conseguiram fazer até então.

Se até o ano passado o alemão de 24 anos fazia questão de manter o discurso comedido, sem nunca ter se colocado como favorito mesmo quando o campeonato já dava mostras de estar definido, agora a história é diferente.

"Estou aqui para ser campeão, esse é meu objetivo. Se é o terceiro título ou não, não faz diferença", disse o piloto da Red Bull em Melbourne, onde venceu no ano passado. "Geralmente quem vence o campeonato no ano anterior começa o seguinte como favorito, não? De qualquer forma, me considero favorito."

"O negócio vai estar quente", pre­­vê Bruno Senna antes do GP de abertura da temporada da Fórmula 1 em 2012, amanhã, em Melbour­­ne, na Austrália. A expectativa é justificável. Afinal, além de terem vivido a pré-temporada mais curta de sua história, com apenas 12 dias de testes coletivos, as equipes tiveram pouco tempo de pista seca pa­­ra acertar seus carros para a etapa inaugural do campeonato, com lar­­gada às 3 horas (de Brasília).

Ainda que haja uma certa tradição da primeira corrida do ano apontar o campeão da temporada – por nove vezes nos últimos 12 anos, quem venceu o título também conquistou o GP que inicia o campeonato –, o pouco desenvolvimento dos carros também costuma embolar as posições e causar algumas surpresas, como lembra o espanhol Fernando Alonso, da Fer­­rari.

"Na primeira corrida é comum acontecer surpresas. Assim como sempre na metade final do campeonato nos acostumamos ao domínio de uma equipe e as posições es­­tão mais ou menos estabilizadas, a primeira corrida do ano sempre gera alguma surpresa. Ano passado, Petrov fez pódio aqui e, no final do ano, houve corridas em que es­­te­­ve fora do Q2", afirmou, citando a única vez em que o piloto russo, à época na Re­­nault, ficou entre os três melhores na carreira.

Junto dessa tendência normal dos carros estarem mais nivelados, a menor quilometragem devido à chuva fez com que procedimentos de praxe, como a avaliação das di­­ferenças entre os compostos de pneus, fundamental para a definição da estratégia de corrida, fossem atrapalhadas. E, para piorar o cenário, isto ocorre em um mo­­mento no qual a fornecedora da borracha, a Pirelli, fez mudanças a fim de aproximar o rendimento dos pneus macio e duro.

No entanto, como lembra Jen­­son Button, da McLaren, estão to­­dos no mesmo barco. "São infor­­ma­­ções úteis, mas você sempre gostaria de mais. Mas é o mesmo para todos. Espero que com a pouca quilometragem encontremos um equilíbrio melhor que todo mundo", refletiu o piloto.

Mesmo com a quilometragem longe da ideal, algumas equipes já perceberam que terão muito trabalho pela frente. É o caso da Lotus de Kimi Raikkonen. Após liderar diversas sessões na pré-temporada, o finlandês reconheceu que o desempenho foi aquém do esperado e revelou problemas na direção assistida de seu carro.

"Ela está funcionando bem em algumas condições e, em ou­­tras, tem nos dado problemas. Es­­pero que tenhamos uma nova na próxima corrida e possamos melhorá-la. Vai ser difícil acertar totalmente, mas é possível me­­lhorar." Com o GP da Malásia lo­­go na próxima semana, quem fi­­car para trás neste domingo na Austrália sabe que não há muito tempo a perder.

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