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Alívio e pesadelo dividiram-se ontem nas cores rubro-negras. Festa do lado paranaense com um respiro na tabela e o tão esperado retorno das vitórias, após cinco rodadas. Na ala carioca a situação ficou mais sinistra no Campeonato Brasileiro.

O Atlético honrou a Arena diante de um dos seus maiores fregueses. Pela oitava vez desde a inauguração em 99, o Flamengo veio ao estádio para sofrer. Se contados todos os jogos em Curitiba, lá se vão 33 anos e, com os 2 a 0 de ontem, são dez vitórias do Furacão e três empates.

Os donos da casa entraram em campo na zona de rebaixamento, graças à vitória do Náutico sobre o Figueirense (4 a 2). Era a indicação de uma noite de angústia. Mas o drama durou apenas dois minutos.

Usando a arma adversária que tanto lhe aflige, o Furacão saiu na frente em um lance de bola parada. Edno cobrou escanteio da direita e Marcelo desviou contra um velho conhecido. Neste ano ele já havia marcado quatro vezes num só jogo contra o time da Gávea, quando defendia o Madureira, no Campeonato Carioca.

"Sempre tive a felicidade de fazer gols no Flamengo, desde a categoria de base. Fui feliz de novo. A gente trabalhou na Arena essa jogada e hoje (ontem) fizemos esse gol. Importante é ganhar em casa", comemorou o atacante.

A alegria relâmpago cedeu espaço à morosidade. Sem conseguir dar seqüência nas jogadas, o Atlético só voltou a incomodar o goleiro Bruno aos 40 minutos.

Nesse período, o Flamengo também não fez muita coisa. Quando tentou, parou nas próprias deficiências e nas defesas do goleiro Guilherme. Sob orientação do novo preparador Almir Domingues, o camisa 1 ganhou uma trégua da torcida após constantes críticas.

Os reflexos do arqueiro ganharam ajuda da sorte no segundo tempo, quando o Flamengo tentava esboçar uma reação.

Qualquer plano de reabilitação dos cariocas foi abortado aos 14 minutos. Após servir o companheiro no primeiro tento, desta vez foi Edno quem recebeu um presente deixado por Ferreira na cara do gol. Bruno ainda tentou defender, mas a bola entrou devagarinho, para desespero da ala carioca, mantida na vice-lanterna, e explosão de euforia no Caldeirão. O Atlético é o 15.º e, mais aliviado e confiante, se despede do turno contra o São Paulo, sábado às 18h10, no Morumbi.

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Em CuritibaAtlético 2 x 0 Flamengo

AtléticoGuilherme, André Rocha, Danilo (Gustavo), Rhodolfo e Edno, Valencia, Roberto, Netinho (Alessandro) e Ferreira; Dinei (Erandir) e Marcelo. Técnico: Antônio Lopes.

FlamengoBruno; Irineu, Rodrigo Arroz e Ronaldo Angelim (Paulinho); Léo Moura, Ibson (Léo Lima), Roger, Renato Augusto e Juan; Paulo Sérgio Obina (Max). Técnico: Joel Santana.

Estádio: Kyocera Arena. Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP). Gols: Marcelo (A), aos 2 do 1.º tempo; Edno (A), aos 14’ do 2.º tempo. Amarelos: Valencia, Rhodolfo, Edno, Netinho, André Rocha (A); Roger, Paulo Sérgio, Juan (F). Público: 8.617 (7.154 pagantes). Renda: R$ 180.460.

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