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Hulk enfrenta problemas de racismo com a torcida russa desde que chegou ao Zenit em 2012. | Divulgação Zenit/
Hulk enfrenta problemas de racismo com a torcida russa desde que chegou ao Zenit em 2012.| Foto: Divulgação Zenit/

O jogador do Zenit e da seleção brasileira Hulk voltou a reclamar do racismo na Rússia no domingo (27). Um dia antes, no empate em 2 a 2 contra o Spartak Moscou, pelo Campeonato Russo, ele mandou beijos para torcedores adversários quando deixou o campo após ser substituído. O gesto foi uma resposta a insultos e xingamentos racistas vindos das arquibancadas.

“Infelizmente, as mesmas coisas continuam acontecendo. Não vou responder, já falamos sobre isso. Essas coisas não são para discutir. Então, eu seguirei enviando beijos e responderei em campo”, explicou o atacante, atual artilheiro do Campeonato Russo com seis gols, e autor de um dos gols do jogo contra o Spartak.

No Zenit desde 2012, Hulk já disse que o problema acontece em quase todos os jogos do Campeonato Russo, e responder a insultos já não é novidade para o jogador.

No fim do ano passado, Hulk chegou a levar à diretoria do Zenit, uma reclamação contra um árbitro da liga local, que o teria dito “não gostar de preto”, segundo o jogador.

Em março deste ano, também na capital russa, além de beijos, ele provocou a torcida levando as mãos ao ouvindo como se pedisse para que os insultos fossem ditos em volume mais alto. Na ocasião, os torcedores do Torpedo Moscou imitaram som de macaco. O incidente fez com que o time fosse punido em dois jogos com portões fechados.

Em julho deste ano, logo após uma de suas inúmeras reclamações sobre o tema, o atacante desistiu de participar do sorteio da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, para o qual fora convidado pela Fifa, alegando que o clube não o liberou por conta de compromissos. Ele disse ainda que o racismo na Rússia é uma vergonha e teme que a problema possa manchar a Copa no país daqui a dois anos.

O racismo na Rússia vem sendo discutido por conta da Copa, mas Hulk vem alertando do problemas há tempos. Em 2012, ano de sua chegada ao clube, torcedores do próprio Zenit, uma das mais fervorosas do país divulgou um manifesto contra negros e homossexuais no time. O texto dizia: “Não somos racistas, mas para nós a ausência de jogadores negros no elenco do Zenit é uma importante tradição que reforça a identidade do clube”.

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