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Amigos e familiares carregam o caixão do ex-atacante de Atlético e Fluminense | Cesar Machado / Gazeta do Povo
Amigos e familiares carregam o caixão do ex-atacante de Atlético e Fluminense| Foto: Cesar Machado / Gazeta do Povo
  • O presidente do Flu veio ao enterro carregando uma camisa personalizada com o nome do craque
  • O ex-meia atleticano Nivaldo Carneiro compareceu ao enterro do amigo Assis com quem foi campeão paranaense em 1982 e terceiro colocado no Brasileirão de 1983
  • Enterro de Assis contou com a presença de ex-colegas de Atlético e do atual presidente do Fluminense, Peter Siemsen
  • Um helicóptero mandou pétalas de rosas no enterro de Assis
  • O presidente do Fluminense Peter Siemsen veio para as despedidas de Assis

As lembranças do ídolo do Atlético e do Fluminense, Assis, estão ainda fortes nas memórias dos torcedores desses clubes e nas de quem conviveu com ele. Ao ser enterrado ontem, no cemitério Água Verde, em Curitiba, a conversa entre os amigos era sobre a vida do ídolo. "Queria que eu escrevesse suas memórias", conta o proprietário do bar Dom Max, Paulo Zanatta, estabelecimento frequentado pelo ex-jogador.

Gostava de samba, vinho branco, da convivência com amigos, família e esbanjava simpatia. "Ele vinha ver os jogos do Fluminense sempre no bar. Via os jogos com ele. Era muito gostoso ouvi-lo falar de futebol. Mas quando Atlético e Fluminense se enfrentavam ele ficava mais quieto", comentou Zanatta.

Craque dentro e fora dos gramados, Assis era constantemente homenageado pelo Fluminense onde consagrou a dupla Casal 20, muito festejada também no Furacão. No Atlético, o Casal 20 começou a ganhar fama entre 1981 e 1983. Deixou um legado importante profissional e pessoal. Amigos não famosos e outros estrelados estiveram presentes na despedida.

"Encontrei com ele há 40 dias. Estava alegre, como sempre. Ele e o Washington deram uma nova vida ao Atlético. Vínhamos de um ano difícil em 1980 e, quando eles chegaram, as coisas se encaixaram. Time era compacto, muito confiante com eles", contou o ex-jogador e comentarista Nivaldo Carneiro.

Parceiro tricolor, o ex-craque Deley veio à Curitiba e chorou copiosamente a morte de Assis e lembrou momentos que marcaram a carreira dos dois. "São 31 anos de convivência. Ele é um irmão que se arruma pela vida. Lembro do passe que dei para ele fazer contra o goleiro Raul Plassmann", contou. Foi a final do campeonato Carioca de 1983 contra o Flamengo. Após lançamento de Deley do meio de campo, Assis entrou na área pela direita, ficou cara-a-cara com Raul e chutou rasteiro para dar o título ao Fluminense.

"Esse gol é o que eu mais lembro", contou o torcedor pó-de-arroz Roberto Pereira, 32 anos, que adiou a volta para o Rio de Janeiro ao saber que seu ídolo havia morrido em Curitiba. "Para mim foi um baque. Vim a passeio e adiei a volta quando soube. Foi o maior ídolo da minha infância", comentou Pereira, abraçado a uma bandeira do Fluminense.

Entre os torcedores atleticanos estava o filho do secretário do Estado para Assuntos da Copa Mário Celso Cunha. Com mesmo nome do pai, Mário Celso Cunha Júnior, 37 anos, tirou a camisa do Atlético que vestia para colocar em cima do caixão do ídolo, onde ficou ao lado da tricolor. "Também fui ao enterro do Washington. Eu tinha que estar aqui para prestar a homenagem. Ele sempre estava lá em casa", comentou.

Homenagens

Além das homenagens do filho Gustavo, Veridiana e da esposa Ani, Assis recebeu uma chuva de pétalas de rosa na despedida dos amigos. Um helicóptero sobrevoou ao enterro após as palavras dos familiares. Da aeronave, que foi contratada pelo Atlético, várias pétalas foram jogadas durante o enterro.

Além de Deley e Carneiro, amigos que jogaram contra Assis também estiveram presentes como os ex-jogadores do Coritiba Elizeu Rolim e Toby. Chiquito, ex-lateral do São Paulo, também prestou homenagem ao ídolo atleticano.

O adeus a Assis

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