Atleticanos levam apoio ao time no Peru

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Movidos pelo orgulho de estar entre os poucos presentes em um momento histórico e o senso de apoiar o time onde quer que ele jogue, alguns atleticanos vão faltar ao trabalho e gastar com uma viagem internacional para estar em Lima e ver a estreia do Atlético na Libertadores, amanhã, contra o Sporting Cristal, no Estádio Nacional do Peru.

Um deles é o advogado Henrique Gaede, 50 anos, habituado a seguir o Rubro-Negro. Desta vez, o torcedor vai acompanhado do caçu­­la de seus quatro filhos, Gabriel, 10 anos. "Comecei a me programar para o jogo no Peru ainda durante a Copa do Brasil, antes de o time arrancar no Brasileiro. Passando pelo Sporting, já tenho as passagens para assistir ao jogo contra o Velez Sarsfield, na Argentina", conta o advogado, que embarca hoje para Lima.

Ele conta que desta vez a viagem será quase solitária porque outros companheiros de torcida não poderão viajar por causa do trabalho. "Tenho uma agenda flexível", justifica. Para marcar presença no estádio com capacidade para 45,5 mil pessoas, Gaede acrescentou à bagagem uma nova bandeira do Atlético, maior. Ainda vai comprar os ingressos quando chegar à cidade. Vai desembolsar entre R$ 41 e R$ 260, dependendo do setor que escolher. "O momento que o Atlético vive é único. O torcedor atleticano tem de abstrair as questões políticas, com a questão da Copa, a crise financeira e lembrar a tradição do clube, torcer pelo futebol, pensar que os jogadores estarão motivados. Estou confiante", diz, sobre o confronto de amanhã.

O Rubro-Negro volta a jogar na capital peruana depois de 14 anos, quando derrotou o Alianza Lima por 3 a 0, em 2000, no Estádio Alejandro Villanueva. Gaede não estava naquela partida, apesar de ter iniciado no ano anterior sua sina de perseguidor do Atlético. Esteve no jogo que deu ao time a primeira vaga em uma Libertadores.

"A volta do jogo da classificação [perdeu para o Cruzeiro por 2 a 1 em Belo Horizonte, mas tinha a vantagem pela vitória por 3 a 0 em casa no torneio seletivo, em 1999] foi o momento que mais me emocionei com o Furacão até hoje. Quando chegamos ao aeroporto e vi todo aquele contingente de torcedores esperando o time, tive a noção da grandeza do que o clube havia conquistado", relembra.