Atlético diz ‘sim’ a clássicos no Couto

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A Federação Paranaense de Futebol (FPF) marcou para segunda-feira uma reunião com Atlético, Coritiba e Paraná para fechar a questão em torno da realização de todos os clássicos do Campeonato Paranaense no Couto Pereira. Ontem, no fim do dia, o Furacão deu "sinal verde" à iniciativa, encampando a proposta da FPF, que já tinha a anuência de tricolores e alviverdes.

Através de nota oficial publicada em seu site, o Rubro-Negro informou que foi procurado ontem pela Federação e que "sempre foi favorável à indicação da FPF para realização dos jogos no estádio do Coritiba Foot Ball Club, inclusive os de mando do próprio clube. Desta maneira, o Clube Atlético Paranaense se coloca à disposição da Federação Paranaense de Futebol".

Comunicado que, pelo o que a reportagem apurou, ocorreu depois de um encontro reservado entre o presidente da FPF, Hélio Cury, e o mandatário atleticano, Mário Celso Petraglia. Na conversa foi selada também a reunião da próxima segunda com os outros integrantes do trio.

A pressa por parte da Federação tem motivo. O primeiro clássico do Estadual, entre Atlético e Paraná, está marcado para a terceira rodada, no dia 27, com mando rubro-negro – com a Arena em reforma o clube tem mandado os jogos no acanhado Ecoestádio.

A principal questão que terá de ser definida pelos dirigentes é como será a divisão do público e também das rendas oriundas dos clássicos – o Couto Pereira tem a capacidade autorizada pelo Corpo de Bombeiros para 34.872 pessoas.

Procurado pela Gazeta do Povo após o aceno positivo do Atlético, o presidente alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, disse que a ideia de todos os clássicos no Couto "seria interessante para o espetáculo", mas que "não tenho a menor ideia de como fazer isso".

O problema, de acordo com o dirigente, é como fazer para acomodar os sócios das equipes, além dos coxas-brancas proprietários de cadeiras cativas nas sociais do Couto. "A arquibancada da Mauá também está quase toda vendida [para sócios]", lembrou Andrade, para justificar a dificuldade de dividir o estádio meio a meio.

"Temos de achar uma solução que atenda a todos. Quando se sentam todos na mesa, tudo se torna mais fácil. É o tipo de negociação que as pessoas têm de ir com o peito aberto, sem querer levar vantagem", ressaltou Andrade, avisando que não poderá participar do encontro decisivo porque estará em Belo Horizonte. Para ele, porém, a ausência não será problema.

"Posso nomear um superintendente para representar o Coxa", disse, apostando que o presidente do Atlético também passará a bola para outro dirigente do clube representá-lo.