Sem alarde, o Atlético decidiu rebatizar seu estádio. O “velho” Joaquim Américo foi esquecido de vez. A Arena da Baixada se transformou em um mero apelido. O clube trata sua casa agora como “Estádio Atlético Paranaense” ou “CAP Stadium”. No site oficial rubro-negro, na área dedicada à estrutura, o novo batismo já foi oficializado.
O Atlético deve abandonar o nome original do seu estádio? Qual nome você prefere?
VOTE NA ENQUETEO Furacão não justificou a alteração. Nem anunciou uma mudança de estratégia em relação ao nome do estádio. O diretor de marketing e comunicação do clube, Mauro Holzmann, atendeu à reportagem, mas preferiu não se alongar em nenhum tipo de explicação. “O nome é Estádio Atlético Paranaense. Só isso”, limitou-se a dizer.
Essa não é a primeira vez que o Atlético muda o nome de seu estádio. Em 2005, o clube fechou acordo de naming rights - cessão do nome para um patrocinador - da Arena com a fabricante sul-coreana de celulares Kyocera. Foram três anos em que o estádio se chamou Kyocera Arena. Nesse período, o time jogou a Libertadores com o nome da Arena cedido à empresa sul-coreana.
A mudança atual já começa a gerar polêmica entre alguns torcedores. Para Milene Szaikowski, criadora do Círculo da História Atleticana e coautora do livro Arena da Baixada – 100 anos, que detalha o histórico da casa atleticana, a alteração é desnecessária.
“Não faz o menor sentido. Eles não chamam mais nem o Atlético de Atlético. Chamam de CAP. Por que chamar a Baixada de Estádio Atlético Paranaense?”, critica, lembrando que em todos os materiais oficiais do clube, o time é tratado como “CAP”.
Ela ressalta que o nome Joaquim Américo já fora sacrificado após a inauguração da Arena da Baixada, em 1999. “Fico chateada. Não entendo porque querer uma nova identidade só para ser diferente, para tentar vender melhor. Para a torcida, vai ser sempre Baixada. É um marketing confuso que quer mudar tudo a toda hora. Porque não trabalhar o que já existe e já dá certo?”, questiona.
O torcedor rubro-negro Henrique Cardoso vê a mudança como um atentado à história do clube. “É uma invenção extremamente infeliz, que vai contra a nossa história. Essas opções não são aceitas pelos torcedores e sócios. Negar o passado e a tradição mais atrapalha do que ajuda, já que acaba por renegar tudo que se agregou ao clube em 91 anos de história, e ao estádio em mais de 100 anos”, opina. “Sinceramente, gostaria de saber quem dá essas ideias. Não deve ser atleticano, não é possível”, emenda.
Pouco utilizado desde a inauguração da Arena da Baixada, há 16 anos, o nome de Joaquim Américo Guimarães aos poucos tem sumido do dia a dia do Furacão, embora ainda conste no estatuto do clube como o nome oficial da praça esportiva. O estádio foi batizado oficialmente em janeiro de 1934 em homenagem ao fundador e ex-presidente do Internacional, que após a fusão com o América, deu origem ao Atlético. Joaquim Américo alugou a chácara da família Hauer para que o Internacional pudesse ter onde jogar. Na sequência, o terreno virou a casa atleticana.
Emendas no marco das eólicas em alto-mar criam “13.ª conta de luz” para o brasileiro pagar
Aborto até 9 meses quase passa no Conanda, que pode retomar tema dia 11
Por que a PEC dos Militares divide governo Lula e base no Congresso
Lula avalia contemplar evangélicos em reforma ministerial em busca de apoio para 2026
Deixe sua opinião