Atlético fica responsável por montar cobertura da Arena para reduzir custos

• 0

Atlético e Lanik I. S.A., enfim, encontraram uma alternativa para a instalação do teto retrátil da Arena. O clube e a empresa espanhola passaram o dia de ontem reunidos e a colocação da "tampa" do Caldeirão será retomada hoje.

O Furacão assumiu toda a responsabilidade na montagem da estrutura de mais de 100 toneladas. E, dessa maneira, barateou o custo para os 94 mil euros (R$ 297 mil) que pretendia desembolsar.

O processo também foi alterado para atender a realização do Shooto Brasil, dia 5 de dezembro. O evento de MMA (artes marciais mistas) é a primeira atração da parceria entre o clube e a G3 United, nova gestora da Baixada.

O recurso que abre e fecha a cobertura será manual. Uma alavanca é acionada e um motor movimenta a tampa. Formato mais simples e rápido de ser implementado. No projeto original, um software específico acionaria a automação. Mais tarde, esse sistema poderá ser incorporado, sem custo adicional.

Nesta nova situação, a Lanik vai apenas orientar e trazer ferramentas de pequeno porte para a colocação do artifício inédito nos estádios brasileiros. De 20 profissionais, virão somente três engenheiros espanhóis. "O clube confia na empresa e nos operários que contratou [grupo que será pago à parte]. E está ciente dos problemas e riscos que isso pode acarretar", comenta César França, diretor-executivo da empresa na América do Norte e do Sul.

A instalação deve demorar aproximadamente 45 dias. Período em que o trânsito ficará bloqueado na Rua Buenos Aires, no trecho entre a Av. Getúlio Vargas e a Av. Engenheiros Rebouças.

Cerca de 50 pessoas vão trabalhar em dois turnos. As peças do teto retrátil já foram pagas pelo Atlético, ao custo de 921 mil euros (R$ 2,9 milhões na cotação de ontem) e estão disponíveis no Joaquim Américo.

Os valores da montagem é que geraram a ação na Justiça movida pelo Furacão contra a Lanik. Num primeiro momento, o trabalho foi orçado em 94 mil euros. Mais tarde, subiu para 418 mil (R$ 1,3 milhão).

O novo cenário foi a justificativa dos europeus para o salto. Antes, o serviço seria interno, durante a reformulação da praça esportiva para a Copa. Com a Arena fechada, a atividade será externa.

O juiz Rogério de Assis, da 21.ª Vara Cível de Curitiba, concedeu liminar favorável ao Furacão. Com o acordo de ontem, a discussão deve ser interrompida na esfera judicial.